Rodrigo Rodrigues Dias também deve indenizar três vítimas. Policial pode recorrer em liberdade; g1 tenta contato com a defesa do agente. Agente da PCDF puxa cabelo de mulher e atira em delegada durante confusão em bar
O agente Rodrigo Rodrigues Dias — que agrediu uma mulher e atirou contra uma delegada em dezembro de 2023 no Distrito Federal — foi condenado a 3 anos de prisão em regime aberto. A decisão da última sexta-feira (28) foi assinada pelo juiz Gilmar Rodrigues da Silva.
✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 no WhatsApp.
Segundo a sentença, Rodrigo foi condenado por vias de fato, ameaça, duas lesões corporais culposas e disparo de arma de fogo. O agente deve indenizar a delegada em R$ 3 mil e a mulher agredida em R$ 5,5 mil. Uma terceira vítima deve ser indenizada em R$ 1 mil.
O policial pode recorrer em liberdade. O g1 tenta contato com a defesa de Rodrigo. Em nota, a Polícia Civil afirma que “a Corregedoria da PCDF instaurou um procedimento administrativo para apurar também a parte disciplinar, que corre em sigilo”. A corporação não esclareceu se o agente está afastado do cargo.
Durante o julgamento, Rodrigo afirma que usou a arma para ameaçar os envolvidos na briga “em plena legítima defesa” e que “deu disparo para o solo porque foi a única medida que viu para afastar aquela situação”. Ele nega que teve a intenção de machucar alguém.
Na decisão, o magistrado aponta que os depoimentos provam que Rodrigo ameaçou as vítimas e “agiu de forma imprudente”. Para o juiz, não houve legítima defesa, já que a delegada não apresentava “qualquer ameaça ou risco ao denunciado, uma vez que estava desarmada”.
Relembre o caso
Delegada filma policial civil e pede para agente guardar a arma.
o agente da PCDF estava sentado em um bar, ao lado de uma mulher, quando começou a agredi-la e puxar seus cabelos. A mulher trocou de lugar, mas a delegada da Polícia Civil do DF, que estava no bar, interveio;
a confusão foi registrada pela câmera de segurança do local (veja vídeo no começo da reportagem);
as imagens mostram as agressões do agente e, depois, a delegada Karen Langkammer discutindo com ele que se levantou e começou a bater na policial. Outras pessoas tentaram separar a briga;
na confusão, a blusa do agente Rodrigo Rodrigues Dias foi rasgada. Ele, então, apontou a arma para os envolvidos na confusão, que se afastaram;
a delegada continuou tentando conversar com o agente, mas ele disparou dois tiros em direção ao chão. Karen Langkammer foi atingida no pé;
Rodrigo Rodrigues Dias carregava uma pistola Glock 9 mm na cintura. A delegada pediu que ele entregasse a arma, mas o agente se recusou e fugiu do local (veja vídeo acima em que delegada pede que agente entregue a arma);
a PMDF, que havia sido chamada, encontrou o agente. Ele foi preso em flagrante pelos crimes de disparo em via pública, lesão corporal e vias de fato;
na audiência de custódia, no mesmo dia da confusão, o agente foi liberado;
à época, a Corregedoria da PCDF instaurou um procedimento disciplinar para investigar o caso. O agente foi afastado por 30 dias e teve o porte de arma suspenso.
LEIA TAMBÉM:
CASO WILMAR LACERDA: ex-vice-presidente do PT no DF, acusado de violência sexual contra adolescentes, é solto após três meses preso na Papuda
IDOSA COM PÉ AMPUTADO: Polícia Civil do DF diz que não há indícios de crime
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
O agente Rodrigo Rodrigues Dias — que agrediu uma mulher e atirou contra uma delegada em dezembro de 2023 no Distrito Federal — foi condenado a 3 anos de prisão em regime aberto. A decisão da última sexta-feira (28) foi assinada pelo juiz Gilmar Rodrigues da Silva.
✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 no WhatsApp.
Segundo a sentença, Rodrigo foi condenado por vias de fato, ameaça, duas lesões corporais culposas e disparo de arma de fogo. O agente deve indenizar a delegada em R$ 3 mil e a mulher agredida em R$ 5,5 mil. Uma terceira vítima deve ser indenizada em R$ 1 mil.
O policial pode recorrer em liberdade. O g1 tenta contato com a defesa de Rodrigo. Em nota, a Polícia Civil afirma que “a Corregedoria da PCDF instaurou um procedimento administrativo para apurar também a parte disciplinar, que corre em sigilo”. A corporação não esclareceu se o agente está afastado do cargo.
Durante o julgamento, Rodrigo afirma que usou a arma para ameaçar os envolvidos na briga “em plena legítima defesa” e que “deu disparo para o solo porque foi a única medida que viu para afastar aquela situação”. Ele nega que teve a intenção de machucar alguém.
Na decisão, o magistrado aponta que os depoimentos provam que Rodrigo ameaçou as vítimas e “agiu de forma imprudente”. Para o juiz, não houve legítima defesa, já que a delegada não apresentava “qualquer ameaça ou risco ao denunciado, uma vez que estava desarmada”.
Relembre o caso
Delegada filma policial civil e pede para agente guardar a arma.
o agente da PCDF estava sentado em um bar, ao lado de uma mulher, quando começou a agredi-la e puxar seus cabelos. A mulher trocou de lugar, mas a delegada da Polícia Civil do DF, que estava no bar, interveio;
a confusão foi registrada pela câmera de segurança do local (veja vídeo no começo da reportagem);
as imagens mostram as agressões do agente e, depois, a delegada Karen Langkammer discutindo com ele que se levantou e começou a bater na policial. Outras pessoas tentaram separar a briga;
na confusão, a blusa do agente Rodrigo Rodrigues Dias foi rasgada. Ele, então, apontou a arma para os envolvidos na confusão, que se afastaram;
a delegada continuou tentando conversar com o agente, mas ele disparou dois tiros em direção ao chão. Karen Langkammer foi atingida no pé;
Rodrigo Rodrigues Dias carregava uma pistola Glock 9 mm na cintura. A delegada pediu que ele entregasse a arma, mas o agente se recusou e fugiu do local (veja vídeo acima em que delegada pede que agente entregue a arma);
a PMDF, que havia sido chamada, encontrou o agente. Ele foi preso em flagrante pelos crimes de disparo em via pública, lesão corporal e vias de fato;
na audiência de custódia, no mesmo dia da confusão, o agente foi liberado;
à época, a Corregedoria da PCDF instaurou um procedimento disciplinar para investigar o caso. O agente foi afastado por 30 dias e teve o porte de arma suspenso.
LEIA TAMBÉM:
CASO WILMAR LACERDA: ex-vice-presidente do PT no DF, acusado de violência sexual contra adolescentes, é solto após três meses preso na Papuda
IDOSA COM PÉ AMPUTADO: Polícia Civil do DF diz que não há indícios de crime
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.