Dono de distribuidora em Ribeirão Preto projeta aumento de até 10% no preço de alimentos devido a alta do combustível; entenda


Aumento de R$0,10 por litro de gasolina e do diesel em R$ 0,06 começou a valer em 1º de fevereiro. Economista aponta que alta do dólar e problemas climáticos também estão ligados ao aumento do preço dos alimentos. Diesel e Gasolina ficam mais caros a partir deste sábado (1º)
Com o aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em R$0,10 por litro de gasolina e do diesel em R$ 0,06, válido desde 1º de fevereiro, o valor do frete no setor de transporte também vai aumentar e impactar diretamente o bolso do consumidor, uma vez que os produtos devem ficar mais caros nos supermercados.
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Dono de uma distribuidora em Ribeirão Preto (SP), Aldo Ferraz tem um fornecedor no Sul do país e já avalia como a junção destes fatores pode interferir no preço de alimentos básicos, como o arroz e o feijão.
“O aumento já vem do frete, que é longe. Daí você tem da distribuição, que você faz na região tudo com pedágio, tudo com combustível mais caro, na região o combustível é sempre mais caro um pouquinho, isso vai impactar no preço, vai ser de 5 a 10% tranquilamente.”
Dono de distribuidora em Ribeirão Preto projeta aumento de 5% a 10% no preço de alimentos devido a alta do combustível
Reprodução/EPTV
Até janeiro de 2025, as alíquotas dos impostos sobre os combustíveis eram de R$ 1,37 por litro para a gasolina e R$ 1,06 por litro para o diesel. A partir de 1º de fevereiro de 2025, as novas alíquotas passaram a ser de R$ 1,47 por litro para a gasolina e R$ 1,12 por litro para o diesel.
A decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para o aumento da alíquota do ICMS no diesel e na gasolina foi tomada em outubro do ano passado. Não está prevista mudança na tributação do etanol.
Aumento da alíquota
De acordo com o economista José Carlos de Lima Júnior, o aumento da alíquota do ICMS na gasolina e no diesel está ligado a dois fatores principais: a diminuição do imposto durante a pandemia e o custo do frete.
“É uma consequência direta de toda a situação que nós tivemos pós pandemia, que foi, em um primeiro momento, diminuir o ICMS e agora voltar a ter a cobrança gradual. Segunda coisa importante é que o transporte é feito de maneira rodoviária, portanto, sempre que uma mercadoria sai de um ponto e vai até o outro, você tem o custo do frete sendo inserido no custo da mercadoria.”
Bomba de combustível em posto de Ribeirão Preto, SP gasolina etanol combustíveis
Reprodução/EPTV
O economista conta que, dependendo do lugar onde o produto é produzido e para onde ele vai, o custo pode chegar até 10% do valor do produto final.
Ferraz diz que gasta, aproximadamente, R$ 30 mil por mês com combustível e agora vai precisar refazer as contas. “Os fretistas, os caras que têm caminhões, não querem mais carregar pelo valor do frete antigo, querem um novo valor no frete, aí vai ter uma negociação, a gente vai ver como vai ficar.”
Segundo eles, dentro de uma semana, o consumidor deve sentir o impacto nas prateleiras dos mercados.
Impacto no preço dos alimentos
Além do aumento da alíquota do ICMS na gasolina e no diesel, outros fatores também influenciam na alta do preço dos alimentos em 2025, ainda de acordo com José Carlos.
“O primeiro é que teve um custo de produção, colocando em 2024, que foi o crescimento do dólar. Teve uma segunda situação que algumas regiões tiveram problemas de clima, que impactou, ainda que pouco, a produção.”
Dono de distribuidora em Ribeirão Preto projeta aumento de 5% a 10% no preço de alimentos devido a alta do combustível
Reprodução/EPTV
e aumento nos preços dos produtos, diz o economista, já era esperado em 2025.
“Nós entramos em janeiro com a perspectiva de chegar ao final desse ano com 5% de inflação e já estamos revisando pra 5,5% de inflação ao final de 2025, portanto a inflação já era uma situação real. O que a gente vai ter agora, com toda certeza, é esse desdobramento pegando novamente o trabalhador no país como um todo.”
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