Deputado paraibano derrotou Marcel van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ). Parlamentar mais jovem a assumir a função, Motta presidirá a Casa até 2027. Hugo Motta deve assumir presidência da Câmara no lugar de Arthur Lira em 2025
Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo
O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito neste sábado (1º) presidente da Câmara dos Deputados e ficará no comando da Casa pelos próximos dois anos, até 2027.
Ele é o mais jovem a ocupar o posto na história da Casa, com 35 anos. Motta obteve 444 votos.
Eleição na Câmara e no Senado: Nilson Klava analisa o que pode mudar na relação entre o governo e o Congresso
Dos 513 deputados, XXX votaram. Marcel van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) eram os outros candidatos, mas foram derrotados por Motta.
Marcel Van Hattem (Novo-RS): x votos;
Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ): x votos
Foram Y votos em branco.
Além de definir as pautas de votação do plenário, o presidente da Câmara tem, entre outras prerrogativas, a de abrir, ou não, um processo de impeachment para afastar o presidente da República.
Apoio da esquerda, do centro e da direita
Motta foi eleito com o apoio de quase todos os partidos com representantes na Casa, as exceções são PSOL e Novo, que lançaram candidatos próprios.
Com um arco de apoio de 18 partidos, que foi do PL ao PT, o deputado se comprometeu a distribuir cargos, assegurou a governistas que não será um adversário da gestão Lula e fez acenos a avanços de pautas defendidas pela oposição.
Além disso, prometeu dar maior previsibilidade à agenda de votações e defender prerrogativas de deputados e o fortalecimento da Câmara.
O paraibano foi escolhido pelo então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), como candidato a sua sucessão.
Trajetória
Novos presidentes da Câmara e do Senado serão eleitos
Motta está em seu quarto mandato como deputado federal. Chegou à Câmara em 2011 pelo PMDB. Em 2018 mudou para o PRB, que alterou o nome para Republicanos em 2019.
Na Câmara, Motta tem um perfil discreto, mas de muita articulação nos bastidores. Ele atua alinhado ao setor financeiro, ao agronegócio e tem bom diálogo com a bancada evangélica.
Se tornou líder do Republicanos em fevereiro de 2021 e ficou na posição até fevereiro do ano seguinte e assumiu a cadeira novamente em janeiro de 2023.
Também foi líder do bloco formado por MDB, PSD, Republicanos e Podemos de novembro de 2023 a abril de 2024.
Na atual legislatura, Motta foi suplente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), titular da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e suplente da CPI que investigou fraudes nas Americanas.