O anúncio do governo argentino sobre a intenção de construir muro na fronteira com o Brasil foi recebido de forma positiva pelo Ministério da Justiça brasileiro. A medida, segundo o governo do presidente Javier Milei, visa reforçar o controle migratório e coibir crimes transnacionais.
As declarações da ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, de construir muro na fronteira com o Brasil, foram feitas na última terça-feira (28), quando ela afirmou que, após a instalação de uma barreira na divisa com a Bolívia, o projeto será ampliado para a região de Misiones com Dionísio Cerqueira (SC).
O ministro da Justiça e Cidadania, Ricardo Lewandowski, comentou a iniciativa durante uma coletiva de imprensa no mesmo dia do anúncio argentino. Segundo ele, a medida pode fortalecer a cooperação entre os países no combate a crimes na região.
“Temos tido uma cooperação com a Argentina, com o Paraguai, muito positiva, muito boa, sobretudo no controle das fronteiras. Entendemos que o que a ministra da Argentina pretende é reforçar o controle das fronteiras e, nesse sentido, até colabora conosco”, afirmou Lewandowski.
Proposta de construir muro na fronteira com o Brasil visa combater criminalidade e tráfico de drogas
De acordo com o governo argentino, o primeiro muro terá 200 metros de extensão e será construído na fronteira com a Bolívia. A partir dessa experiência, a intenção é ampliar a medida para a divisa com o Brasil, especialmente na província de Misiones, que faz limite com Dionísio Cerqueira, no Oeste do estado de Santa Catarina.
“Além da Bolívia, planejamos expandir para outros pontos de fronteira. Agora, vamos para a fronteira em Misiones com o Brasil, que é uma região onde há muitas entradas a pé, e onde já tivemos assassinos e problemas”, declarou a ministra Patricia Bullrich.
O governo de Javier Milei argumenta que a proposta de construir muro na fronteira com o Brasil pode ajudar no combate ao tráfico de drogas, contrabando e entrada irregular de criminosos. No entanto, a medida ainda deve gerar discussões diplomáticas dentro do Mercosul.