Oito reféns devem ser libertados pelo grupo terrorista nesta quinta-feira (30) segundo acordo com Israel. Entre eles estão três israelenses e cinco tailandeses. Soldada israelense Agam Berger libertada por terroristas do Hamas em 30 de janeiro de 2025.
REUTERS/Mahmoud Issa
O grupo terrorista Hamas começou a libertar os reféns da rodada desta quinta-feira (30), de acordo com o combinado com Israel. Até o momento, a soldada israelense Agam Berger, de 19 anos, foi libertada, e é esperado que outros dois cativos israelenses e cinco tailandeses sejam soltos nas próximas horas.
Veja abaixo quem mais deve ser libertado, segundo a agência de notícias Associated Press:
Arbel Yehud, civil israelense de 29 anos;
Gadi Mozes, civil israelense de 80 anos;
Cinco tailandeses, não identificados.
As famílias de Yehud, Berger e Mozes foram avisadas sobre as libertações, ainda segundo a AP.
Arbel Yehud, Agam Berger e Gadi Mozes, da esquerda para direita, reféns israelenses em poder do grupo terrorista Hamas que devem ser soltos em 30 de janeiro de 2025.
Movimento ‘Bring Them Home Now’ via Reuters
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou na quarta-feira (29) que três reféns três homens mantidos em cativeiro pelo Hamas serão libertados no sábado.
O Hamas afirmou na segunda-feira que 25 dos 33 reféns que serão libertados durante o cessar-fogo estão vivos, e 8 deles estão mortos.
Um cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas está em vigor desde 19 de janeiro e prevê a troca de todos os reféns ainda em poder do grupo terrorista na Faixa de Gaza. Leia mais abaixo sobre as etapas sobre o acordo.
Três reféns foram libertadas ainda no dia 19. Outras quatro cativas foram libertadas na rodada mais recente, no sábado (25).
Etapas do acordo de cessar-fogo
No dia 15 de janeiro, Israel e Hamas chegaram a um acordo que pode colocar um fim definitivo na guerra após mais de seis meses de negociações. As conversas foram mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito.
Após uma semana em vigência, o acordo já permitiu que reféns tomados pelo Hamas voltassem para Israel. Agora, com a liberação de Israel nas vias do norte de Gaza, as famílias deslocadas pelo conflito poderão retornar a seus locais de origem, mas sem portar armas.
A partir daí, tropas israelenses se retirarão do corredor Netzarim, a via principal de Gaza. A travessia de Rafah, entre o Egito e Gaza, voltará gradualmente a operar, permitindo a passagem de pessoas doentes para tratamento fora do enclave.
Será permitido o aumento da entrada de ajuda humanitária a Gaza. A expectativa é que 600 caminhões possam entrar por dia, o triplo do máximo atingido durante o conflito.
Nas semanas seguintes, devem ocorrer liberações periódicas pelos dois lados, até um total de 33 reféns israelenses — vivos ou mortos — e quase 2 mil palestinos (1.167 detidos em Gaza desde o início da guerra e 737 remanescentes detidos antes de 8 de outubro de 2023).
Na segunda etapa do acordo, que prevê a liberação de mais reféns e a retirada das tropas de Israel em Gaza.
Já a terceira e última fase do acordo prevê o estabelecimento de negociações sobre a reconstrução de Gaza, que poderia levar anos. Há, porém, um debate sobre quem governaria a região: Israel não aceita que seja o Hamas, que hoje controla o enclave. Devolução de todos os demais corpos de reféns.