A inclusão que move grandes players no varejo: Beiramar Shopping investe em ações de informação

Você sabe identificar as cores dos cordões ou o porquê do uso cada vez mais frequente de abafadores no dia a dia na sociedade? As informações sobre as cores e cordões da Inclusão são essenciais para aprendermos mais sobre o universo de pessoas com deficiência e suas singularidades. Pensando nisso, o Beiramar Shopping vem realizando sistematicamente treinamentos com suas equipes, com foco na excelência, inserindo novas práticas no dia a dia da operação.

Além das sessões de cinema personalizadas, que integram o Cine Show Azul, e os eventos promovidos e projetados para agregar todas as famílias, o Beiramar Shopping passa a disponibilizar o empréstimo dos abafadores de ruídos, focando no bem-estar de pessoas com hipersensibilidade auditiva, como idosos e pessoas neurodivergentes, como as com transtorno do espectro autista (TEA) e TDAH.  Alguns estudos relatam que cerca de 56% a 80% dos pacientes com TEA apresentam algum tipo de hipersensibilidade. No caso do som, quem tem essa disfunção percebe os ruídos de forma mais aguçada e até mesmo, intolerável.

A psicóloga Jhakelyne Silva, especialista em autismo e deficiência intelectual, explica: “Sons muito fortes ou imprevisíveis podem provocar estresse e ansiedade, comportamento de fuga ou autoproteção, dificuldade de concentração ou comunicação, comportamentos repetitivos e, ainda, podem desencadear uma crise por sobrecarga sensorial, em que a pessoa pode ter o comportamento de se jogar no chão ou se bater, por exemplo.”

O sistema disponibilizado pelo Beiramar Shopping irá gerar mais conforto a essas pessoas e uma experiência individualizada. “Essas ações do Beiramar Shopping servem de exemplo para todos os lugares que lidam com o público, pois são importantíssimas para melhorar a qualidade de vida dos que sofrem diretamente com essas questões e de todos ao redor”, salienta a psicóloga.

“Somos o shopping no coração da cidade e estamos sempre em busca de acolher e criar novos mecanismos de inclusão, proporcionando às famílias um passeio mais tranquilo e confortável”, explica Carlos Pamplona Jr, gerente de marketing do Beiramar Shopping. O acessório, que é disponibilizado gratuitamente, pode ser retirado no balcão de informações, no piso L1, e também no fraldário, no piso L2. A iniciativa reflete uma tendência que tem sido adotada por alguns shoppings no Brasil, buscando tornar o ambiente acessível a todos e promovendo uma experiência mais inclusiva e acolhedora para pessoas com necessidades sensoriais específicas.

Brenda Molina é intérprete de libras há 8 anos e mãe de uma menina de 3 anos, com diagnóstico quase fechado para autismo. “Vejo com imensa valorização esta iniciativa. Sabemos como um simples passeio no shopping, por exemplo, pode ser extremamente estressante para uma criança com deficiência, principalmente quando o ambiente não está preparado para acolhê-la da maneira que ela merece. A inclusão é mais do que uma necessidade, é um direito de todos. A experiência profissional me fez entender as barreiras enfrentadas pelas pessoas surdas, pela falta de comunicação e do ensino da língua de sinais. Agora, como mãe, vivencio de perto a escassez de profissionais capacitados para atender minha filha, e isso é algo que precisamos mudar urgentemente. A sociedade ainda não tem plena consciência de que a acessibilidade é um direito fundamental. Ao olhar para a Celina, vejo a urgência em construir um mundo mais inclusivo e preparado para todos, onde cada indivíduo, com suas necessidades e particularidades, seja verdadeiramente acolhido e respeitado”, destaca.

Aprendendo a diferença entre os cordões

Para reforçar seu compromisso com a acessibilidade, o Beiramar Shopping tem incluído em seus treinamentos a conscientização sobre os cordões de identificação. Esses cordões são ferramentas valiosas para pessoas com deficiências, especialmente as não aparentes, permitindo que suas necessidades sejam reconhecidas de maneira discreta e eficaz.

Os cordões vêm ganhando espaço no Brasil, especialmente após a Lei 14.624/2023, que reconhece o Cordão de Girassol como símbolo oficial para pessoas com deficiências ocultas.

“O meu filho utiliza o cordão não só para que as pessoas possam identificar que ele tem uma deficiência oculta mas, também, para que ele possa ser atendido da melhor forma, seja através da libras ou de outras tecnologias que permitam a comunicação. No caso dele, o cordão tem dois lados, um com girassol e outro com o símbolo da surdez, facilitando assim a identificação da deficiência dele”, destaca Mariana Bodenmüller.

Conheça alguns dos cordões e seus significados:

– Cordão Verde com Girassol: indica que a pessoa tem uma deficiência oculta, como autismo, doença de Crohn, deficiência auditiva, entre outras, e é reconhecido internacionalmente.  O cordão de girassol foi criado em 2016 na Europa e no Brasil, desde 2023, está na lei 14.624.

– Cordão de Quebra-Cabeça: específico para pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e que também é considerada uma deficiência não aparente. Estabelecido pela ONU, facilita a identificação e acesso a diferentes direitos para pessoas com autismo.

– Cordão com Símbolo do infinito – O símbolo do infinito nas cores do arco-íris, conhecido como logotipo da neurodiversidade, representa a diversidade de expressão dentro do Transtorno do Espectro Autista.

– Cordão Azul com o símbolo internacional de surdez, representado por uma orelha cortada: indicativo de surdez ou deficiência auditiva.

– Cordão Vermelho: pode ser utilizado para indicar uma condição médica de emergência, como epilepsia ou alergias graves.

– Cordão Laranja: utilizado para indicar Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outras condições específicas.

– Cordão mãos desenhadas: utilizado para identificar pessoas com Síndrome de Down.

Mais do que inclusão, uma experiência transformadora

O Beiramar Shopping também promove eventos como o Cine Show Azul, com sessões de cinema personalizadas para famílias com crianças no espectro autista, e amplia suas campanhas de conscientização para as redes sociais e o site do shopping. “Nosso objetivo é levar a inclusão além das nossas portas, criando um impacto positivo e duradouro na comunidade. Cada ação, seja no atendimento ou na conscientização, reflete nosso compromisso em transformar a experiência de estar no shopping em algo acolhedor e memorável para todos”, ressalta Carlos Pamplona Jr.

Informação que transforma

De acordo com o IBGE, cerca de 18,6 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, o que reforça a relevância de iniciativas inclusivas.

“É cada vez mais importante que o varejo esteja atento não apenas às transformações mercadológicas e comportamentais, mas também ao atendimento e entendimento das diversidades e o acolhimento, gerando experiências positivas que vão além da compra”, destaca Karla Martins, gerente de marketing da CDL Florianópolis.

“Essa campanha é mais do que uma ação do shopping, é um convite à sociedade para refletir sobre como podemos, juntos, construir um ambiente mais acolhedor. Queremos levar essa mensagem para além dos nossos corredores, usando as redes sociais e nossos canais digitais para alcançar mais pessoas”, conclui Carlos Pamplona Jr.

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