Celac convoca reunião com urgência para discutir migração em meio a polêmicas com de deportações nos EUA; Brasil já foi informado

Nos últimos dias, deportações do governo americano geraram polêmicas com Brasil e Colômbia, por exemplo. No caso brasileiro, governo proibiu cidadãos serem transportados algemados e informou que cobrará explicações. Encontro da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribe acontece na quinta-feira (30). A presidente de Honduras, Xiomara Castro, atual presidente da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribe (Celac), informou neste domingo (26) em uma rede social ter convocado para o próximo dia 30 de janeiro, com “urgência”, uma reunião do organismo multilateral para discutir temas como migração. O Brasil faz parte da Celac e já foi informado da convocação.
A convocação acontece em meio a polêmicas envolvendo a deportação de imigrantes ilegais pelos Estados Unidos.
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No caso do Brasil, por exemplo, o Ministério das Relações Exteriores já informou que cobrará explicações do governo Donald Trump sobre o fato de 88 brasileiros terem sido deportados algemados.
Na Colômbia, o país se recusou a receber voos fretados pelo governo americano com cidadãos deportados. Em resposta, Trump anunciou que vai impor tarifas de 25% a todos os produtos do país que chegam aos EUA. O presidente colombiano, Gustavo Petro, disse que também irá taxar em 25% os produtos importados dos norte-americanos.
A TV Globo apurou que a convocação da reunião da Celac por Xiomara Castro atendeu a um pedido do presidente colombiano, Gustavo Petro, que participará do encontro presencialmente no próximo dia 30 em Tegucigalpa.
Segundo apurou a GloboNews, o Palácio do Planalto deve definir entre esta segunda (27) e a terça (28) se o presidente Lula irá participar e por meio de qual formato. Segundo a Secretaria de Comunicação Social, o presidente e o chanceler Mauro Vieira se reunião nesta segunda, às 10h30.
Trump responde Gustavo Petro por recusar deportados
Itamaraty cobrará EUA
O Ministério das Relações Exteriores publicou neste domingo (26) uma nota oficial na qual disse que cobrará informações do governo dos Estados Unidos em razão do tratamento “degradante” dado aos brasileiros deportados do país.
Segundo o Itamaraty, a medida violou o acordo assinado entre os dois países em 2018, o que é “inaceitável”.
“O uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos de acordo com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”, diz o comunicado.
“O governo brasileiro considera inaceitável que as condições acordadas com o governo norte-americano não sejam respeitadas. O Brasil concordou com a realização de voos de repatriação, a partir de 2018, para abreviar o tempo de permanência desses nacionais em centros de detenção norte-americanos, por imigração irregular e já sem possibilidade de recurso”, diz outro trecho da nota.
Avião da FAB
Segundo o Ministério da Justiça, quando tomou conhecimento de que as autoridades americanas queriam manter os cidadãos brasileiros algemados, informou o caso ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Ainda segundo o ministério, Lewandowski, então, informou a Lula o que estava acontecendo. O presidente, por sua vez, determinou que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) fosse a Manaus (AM) e levasse os brasileiros a Confins (MG).
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