Tubarão-peregrino aparece morto na Praia Seca, em Araruama


Segundo o Instituto BW, trata-se de um animal de água fria, profunda e registro raríssimo. Foi realizado um registro de ocorrência no Instituto, para onde o animal foi encaminhado na manhã deste sábado (25).
Redes sociais
Na manhã desta sexta-feira (24) um tubarão-peregrino apareceu morto na Praia Seca, em Araruama, na Região dos Lagos do Rio. Segundo o Instituto BW, trata-se de um animal de água fria, profunda e registro raríssimo.
Foi realizado um registro de ocorrência no Instituto, para onde o animal foi encaminhado na manhã deste sábado (25).
Imagens que circulam em redes sociais mostram o animal encalhado na beira da praia e na faixa de areia. Em um dos vídeos, o animal está enrolado em uma rede de pesca e homens tentam movê-lo na areia.
Ao g1, a Prefeitura de Araruama disse que, de acordo com o vídeo que está circulando nas redes sociais, o animal chegou boiando até a margem da água, sem nenhuma rede de pesca.
“Só depois é que, supostamente, os pescadores enrolam o filhote de tubarão com a rede para tentar arrastá-lo; o que também não é recomendado. Técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente estiveram ontem à noite (24/01) no local para apurar o fato (assim que tiveram acesso aos vídeos), mas já não havia mais nada. Agora a Secretaria está apurando junto à Colônia de Pescadores a identificação dos envolvidos e o que foi feito com o animal”, disse o município em nota.
Sobre o animal
Segundo Salvatore Siciliano, Coordenador do GEMM-Lagos, no verão, os tubarões-peregrino, ou tubarões-frade, são encontrados em mares subpolares e temperados em todo o mundo; eles se mudam para mares mais quentes no inverno. Ficam próximos da superfície se alimentando, às vezes em grandes grupos.
O tubarão-frade é o segundo maior peixe do mundo, ficando atrás somente do tubarão tubarão-baleia. É comum encontrar indivíduos entre os 7-9 metros de comprimento, mas acredita-se que alcançam cerca de 15 metros e possam pesar mais de 4 toneladas.
Distingue-se de todos os outros tubarões pelas enormes fendas branquiais que praticamente envolvem a cabeça, geralmente quando está nadando a boca deste tubarão fica aberta e as fendas branquiais se expandem, como um balão.
A maior ameaça a esta espécie se deve à pesca para retirada do óleo de esqualeno (presente no fígado), que é utilizado para tratar ferimentos e na produção de vitamina A. Antigamente este óleo era bastante utilizado como combustível de lamparinas. O declínio da biomassa da qual se alimenta também é um risco para estes tubarões.
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