Onça-parda torturada e morta por mulher aparece na lista de animais vulneráveis

Nesta semana, um vídeo mostrando um mulher caçando e matando uma onça-parda repercutiu nas redes sociais, gerando revolta dos internautas e do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que aplicou três multas à autora da caça, que juntas, totalizaram R$ 20 mil.

A espécie é protegida pelo CENAP (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros), com o Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Grandes Felinos, que tem como objetivo reduzir a vulnerabilidade da onça-parda no Brasil.

Onça-parda olhando para a câmera

Onça-parda é protegida pelo CENAP – Foto: Freepik/ND

Conservação da onça-parda

Em 2012, foi iniciado o plano de Ação Nacional para a Conservação da Onça-Parda. O plano tinha o objetivo de ampliar a proteção dos habitats adequados, o conhecimento aplicado à conservação dos ecossistemas e espécies e de reduzir conflitos com os humanos, especialmente nos biomas Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Caatinga.

Ele foi encerrado em 2016, com 31% de suas ações concluídas e outras 20% ainda em execução. Com o término desse plano, a espécie Puma concolor foi integrada ao Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Grandes Felinos (PAN Grandes Felinos), coordenado pelo CENAP, em 2018.

Atualmente, a onça-parda é classificada pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como uma espécie “Menos preocupante” e pelo ICMBio-MMA como “Vulnerável”.

Onça-parda em um ambiente florestal

A espécie é classificada pelo ICMBio-MMA como “Vulnerável” – Foto: Freepik/ND

Características da espécie

A onça-parda, também conhecida como puma ou leão-baio, é um grande felino de comportamento solitário e habilidades impressionantes.

Apesar do porte robusto, é mais próxima, do ponto de vista evolutivo, do jaguarundi, um pequeno felino de comprimento variável, entre 1,5 a 2,75 metros, e peso entre 22 e 70 quilos.

A coloração do pelo vai de marrom-acinzentado à marrom-avermelhado, com manchas mais claras na barriga. Os filhotes nascem com pelagem clara e manchas escuras que desaparecem ao longo do primeiro ano de vida. Embora haja relatos de onças-pardas pretas, não há registros confirmados de melanismo na espécie.

Diferente de felinos como a onça-pintada, a onça-parda não emite rugidos, mas miados, e suas patas traseiras são proporcionalmente maiores, garantindo saltos impressionantes, alta velocidade em curtas distâncias e habilidade para escalar árvores com facilidade.

Espalhadas pelo Brasil

Presente em todos os biomas brasileiros, a onça-parda é encontrada em florestas, na caatinga, campos e até áreas agrícolas. Seu território pode ultrapassar 160 km² em regiões fragmentadas, que são aquelas áreas onde o habitat natural foi dividido em porções menores e isoladas, geralmente devido a atividades humanas.

Onça-parda deitada em um tronco de árvore

A espécie está presente em todos os biomas brasileiros – Foto: Reprodução/Segredos do Mundo/ND

Predominantemente noturna, pode ser avistada ao entardecer ou em outras horas do dia. A gestação dura de 82 a 98 dias, podendo chegar em até seis filhotes por ninhada.

Ágil, adaptável e essencial para o equilíbrio ecológico, a onça-parda é um símbolo da diversidade e resistência da fauna brasileira.

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