Fusão com Gol vai incluir novas cidades nas rotas da aviação, diz CEO da Azul


John Rodgerson disse, em entrevista ao g1, ver um posicionamento favorável do governo. Executivo afirmou que já iniciou tratativas junto ao Cade, que pode aprovar ou rejeitar o negócio. A possível fusão entre a Azul e a Gol deve possibilitar a conexão de novas cidades do Brasil, segundo o CEO da Azul, John Rodgerson, em entrevista ao g1.
“Há 100 aeroportos no Brasil que só a Azul opera. Mas tive que fechar algumas dessas cidade porque não tinha demanda suficiente e o que vai trazer benefício para o consumidor é mais cidades atendidas e mais conectividade, então isso que estamos prevendo com essa fusão”, declarou.
O executivo também afirma que uma das oportunidades do negócio é conectar mais aeroportos regionais com os grandes terminais –como Congonhas, Brasília e Belo Horizonte.
“Acho que o Brasil ainda tem muito pouco viajante, ainda tem destinos que não estão se conectando com Congonhas, Belo Horizonte e Brasília. Então, acho que isso vai fazer com que possamos destinar mais cidades e ter mais conectividade”, disse.
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Na última quarta-feira (15), a Azul e a controladora da Gol, a Abra, anunciaram a celebração de um “memorando de entendimento”, sinalizando que pretendem realizar uma fusão.
Para o negócio ser concluído, falta:
celebrar os acordos definitivos;
obter aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);
concluir o plano de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos.
🔍 O Cade é a instituição brasileira responsável por analisar a compra e venda de empresas relevantes, de forma a evitar abuso de poder de mercado –como aumento de preços e barreira à entrada de novas companhias.
Avião da Azul
Arquivo/Agência Pará
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Ao g1, Rodgerson disse que já iniciou as tratativas com o Cade, mas que os acordos definitivos só devem ser assinados em abril, quando a Gol sair do processo de recuperação judicial.
O executivo explicou que as marcas Gol e Azul devem permanecer separadas, embora as empresas passem a pertencer a um mesmo grupo econômico, com uma mesma controladora.
Diálogo com o governo
Os representantes da Azul e da Gol devem se encontrar na próxima semana com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para conversar sobre a fusão.
No dia seguinte ao anúncio, o ministro disse encarar o negócio como uma “federação partidária” e que não vai permitir aumento de tarifa.
Especialistas consultados pelo g1 apontam o aumento do preço das passagens como uma consequência provável dessa operação. Além disso, os economistas veem mais barreiras à entrada de novas companhias aéreas.
“Nós estamos falando a respeito disso [da fusão] há muito tempo com o governo. O que o governo quer é o mesmo que queremos: mais pessoas voando, mais aeronaves no ar. Ainda tem muita aeronave parada, que deveria estar voando, então acreditamos que o ministro vai cobrar isso, colocar mais oferta nas cidades”, afirmou Rodgerson.
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