Cessar-fogo na Faixa de Gaza entra em vigor

Um menino caminha em uma escola destruída por ataques israelenses em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 17 de setembro de 2024Bashar TALEB

Após 15 meses de conflito e quase 47 mil mortos,cessar-fogo na Faixa de Gaza entrou em vigor neste domingo (19), às 11h15 do horário local (6h15 do horário de Brasília).

O Gabinete do primeiro-ministro israelense confirmou a informação em comunicado, onde também compartilhou a lista dos 33 reféns que serão libertos pelo grupo extremista Hamas como parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo.

A trégua de hoje teve um atraso de quase três horas após o Hamas adiar a entrega dos nomes de três reféns que serão liberados para Israel por razões “técnicas”.

A guerra entre Hamas e Israel é antiga, mas escalonou em 7 de outubro de 2023, quando o grupo extremista matou cerca de 1.200 israelenses e manteve 251 como reféns. O ataque desencadeou uma enorme ofensiva israelense em Gaza, que matou mais de 46.800 palestinos, conforme informações do Ministério da Saúde administrado pelo Hamas.

Confira o que prevê o acordo de cessar-fogo:

A proposta de cessar-fogo, intermediada por autoridades do Catar, Egito e Estados Unidos, bem como de Israel e do Hamas, tem três etapas.

O primeiro passo do acordo consiste em uma trégua de seis semanas no conflito e a libertação de 33 reféns israelenses em troca de mil prisioneiros palestinos.

Também está prevista a retirada gradual do Exército israelense do Corredor Filadélfia, na fronteira entre Egito e Gaza, e o retorno dos palestinos deslocados ao norte do enclave.

Além disso, centenas de caminhões de ajuda humanitária entrarão diariamente no território palestino, para reduzir os efeitos da crise humanitária na região destruída pela guerra.

A segunda etapa começa 16 dias depois, com a libertação de todos os outros reféns israelenses – cerca de 98, segundo o site Axios -, um cessar-fogo permanente e a saída completa dos soldados de Israel.

A terceira e última parte do acordo vai focar em enviar os restos mortais dos reféns que não sobreviveram ao cativeiro.

Além disso, prevê o estabelecimento de acordos de longo prazo, que incluem tanto a reconstrução estrutural e social de Gaza, quanto sobre quem estará no comando do conflito durante os próximos anos.

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