Mais de 15 aviões de garimpeiros ilegais são destruídos em um mês de operações na Terra Yanomami


Além dos aviões, 11 pistas utilizadas pelo garimpo ilegal na região foram destruídas. Ultrapassando 5 mil abordagens, Operação Catrimani II conclui mais um mês de combate ao garimpo ilegal
Divulgação/Forças Armadas
A operação Catrimani II destruiu 16 aviões usados por garimpeiros ilegais na Terra Yanomami em um mês de atuação no território. Em julho, mais de 50 garimpeiros foram presos e 451 aeronaves fiscalizadas. O balanço foi divulgado pelas Forças Armadas nesta quinta-feira (8).
Além dos aviões, foram destruídos 35 embarcações, 187 acampamentos, 499 motores, 28 pistas, 71 mil litros de combustível, entre outros itens. A operação Catrimani II teve início em abril deste ano com o objetivo agir de “forma preventiva e repressiva contra o garimpo ilegal” e já realizou mais de 5 mil abordagens.
Em julho, tropas de engenharia da Força Terrestre Componente destruíram 11 pistas utilizadas por aeronaves do garimpo ilegal na região.
Outros itens, como 71 mil litros de combustível, 44 armamentos, 26 antenas de comunicação, 643m³ de madeira e mais de 19 mil litros de combustível, também foram apreendidos neste mês.
Embarcações das Forças Armadas reforçam operações de repressão ao garimpo ilegal na TIY
Divulgação/Forças Armadas
Nesta quinta, seis novas embarcações para ações no rio Uraricoera foram incorporadas à operação, ampliando a capacidade operacional das Forças Armadas nas áreas remotas do território. As bases de Kayanaú e Pakilapi, fortalecidas com esse reforço, agora cobrem uma extensão territorial ainda maior, expandindo a área de combate aos crimes ambientais e transfronteiriços.
No dia 7 de julho, o Comando Conjunto atuou em uma ação repressiva com a PRF e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), utilizando helicópteros da PRF e do Exército Brasileiro para transporte dos agentes. Durante essa operação, uma aeronave do garimpo ilegal foi identificada e destruída na região de Mucajaí.
Operação Catrimani II
A Operação Catrimani II é uma ação conjunta entre órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas, em coordenação com a Casa de Governo de Roraima.
As operações, que incluem ações simultâneas por via fluvial e aérea, contam com o apoio de componentes e meios aéreos do Exército, da Força Aérea e da Marinha, além das Forças de Segurança e das Agências Governamentais, como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Terra Yanomami
Com quase 10 milhões de hectares, a Terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil em extensão territorial e enfrenta uma crise sem precedentes devido ao avanço do garimpo ilegal, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa.
O território está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal implantou ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança a região para frear a atuação de garimpeiros.
O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) estima que cerca de sete mil garimpeiros ilegais continuam em atividade no território. O número de invasores diminuiu 65% em um ano, se comparado ao início das operações do governo federal, quando havia 20 mil invasores no território.
Para combater a permanência dos invasores no território, as forças de segurança do governo federal deflagraram a operação Catrimani II. A nova fase de retirada de garimpeiros ocorre após a instalação da Casa de Governo em Roraima, que tem o objetivo de monitorar e enfrentar a crise Yanomami.
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