A Prefeitura de São Paulo realizou a apreensão na tarde de quarta-feira (15) de três motocicletas da 99 que faziam transporte remunerado de passageiros na capital. O serviço por aplicativo está proibido pela Justiça.
As apreensões foram coordenadas pelo Departamento de Transportes Públicos (DTP) juntamente com a Guarda Civil Metropolitana (GCM). A primeira delas ocorreu por volta das 15h45, na Avenida Calin Eid , na zona leste. Durante a abordagem, a passageira confirmou que havia solicitado o serviço pelo aplicativo 99 para uma corrida de cerca de 6 quilômetros, no valor total de R$ 11. Outras duas motos foram apreendidas no fim da tarde, ambas na Avenida Brás Leme, zona norte, sob a justificativa de que faziam transporte clandestino de passageiros.
Com a fiscalização da Prefeitura, o diretor da 99 havia recorrido à Justiça com um mandado de segurança para garantir a modalidade no município. Mas o juiz Josué Vilela Pimentel negou o pedido, dizendo que não recomenda a prática, por risco à saúde pública devido aos acidentes.
99 Moto diz que vai continuar funcionando
Mesmo com a proibição do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), pela 8ª Vara de Fazenda Pública, a 99 disse que vai continuar oferecendo o serviço. A empresa afirmou que em seu entender jurídico eles podem operar normalmente na cidade com a 99 Moto.
A 99 diz que 40 milhões de brasileiros usaram o serviço por moto em 2024, e apenas 0,003% das corridas por motociclistas registraram acidentes.
A briga continua
O Prefeito Ricardo Nunes já chamou a 99 de “assassina” e classificou como “carnificina” o transporte remunerado de passageiros por motocicletas. “Vou colocar uma faixa mostrando que a 99 matou uma pessoa, no primeiro acidente que tiver”, declarou Nunes.
Já a 99 diz que vai recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para continuar “lutando pelos direitos do usuários”.
Em 2024, os acidentes com motos mataram 329 pessoas na capital paulista, de acordo com a administração municipal.