Chacina de Campo Erê: irmãos réus por 4 assassinatos são condenados a 240 anos de prisão


Vítimas foram mortas em janeiro de 2023, e o júri sobre o caso terminou na noite de terça-feira (14), após dois dias de audiência. Ataque ainda deixou três feridos. Marinalva, Emidia e Ana Claudia estão entre as vítimas em Chacina de Campo Erê
Redes sociais/Reprodução
Os dois irmãos acusados de matar quatro pessoas e ferir três no crime conhecido como chacina de Campo Erê, em alusão à cidade no Oeste de Santa Catarina, foram condenados, cada um, a 240 anos de prisão. As vítimas foram mortas em janeiro de 2023, e o júri sobre o caso terminou na noite de terça-feira (14), após dois dias de audiência.
O crime foi motivado por vingança, após o suicídio do irmão dos condenados, que aconteceu pouco antes da chacina. Os dois teriam atribuído a morte do homem, que não aceitava o fim do seu relacionamento, à ex-companheira. Como ela não estava no local, familiares e amigos foram atacados.
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As informações são do Tribunal de Justiça (TJ), que informou que os homens, de 32 e 38 anos e que não tiveram os nomes revelados, também terão de pagar indenização de R$ 100 mil os familiares de cada vítima morta, em 50 mil cada uma das vítimas feridas, e em 20 mil às três que não tiveram ferimentos.
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Mortos:
Emidia dos Santos, de 53 anos (tia da mulher que fugiu e que seria alvo do ataque);
Marinalva dos Santos, de 18 anos (meia-irmã da mulher que fugiu e que seria alvo do ataque);
Carlos Delfino, de 63 anos (pai da mulher que fugiu e que seria alvo do ataque);
Ana Claudia Schultz, de 35 anos (madrinha de um dos filhos que a mulher alvo do ataque havia tido com o homem que cometeu suicídio).
Irmãos foram condenados a 240 anos de prisão cada um em Campo Êre
Relembre o caso
Na noite de 21 de janeiro de 2023, por volta das 20h50, no interior de Campo Erê, um dos réus, de 32 anos, instigado pelo irmão de 38 anos, munido de uma espingarda, foi até um bar local e matou a proprietária e sua filha (Emidia e Marinalva).
Na sequência, na residência aos fundos do bar, ele matou mais duas pessoas (Carlos e Ana). Além dos mortos, e houve também seis tentativas de homicídio: incluindo contra uma criança de 3 anos, duas mulheres, de 20 e 55 anos, e três homens, de 26, 41 e 51 anos.
O crime aconteceu momentos após a Polícia Militar deixar a casa onde o irmão dos condenados cometeu o suicídio, a cerca de 200 metros do bar.
A investigação descobriu que o irmão mais velho ficou com o irmão morreu até a saída da Polícia Militar e, depois, ameaçou a todos.
“Ele ficou até o final, saiu por volta de 20h30. Os irmãos trocaram figurinhas, um deles estava no local do suicídio, na rua de trás. O executor estava na casa da mãe, a seis quilômetros. Já estava armado, com espingarda. Os dois trocam mensagens e o cara aparece lá [no local da chacina]”, explicou o delegado José Danezi Neto à época dos fatos.
A decisão do júri cabe recurso, mas a Justiça negou aos réus o direito de recorrerem em liberdade.
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