Carnaval em Teresina: blocos afirmam que folia vai acontecer, mesmo sem financiamento da Prefeitura de Teresina


A prefeitura anunciou no dia na terça-feira (7) que não poderá financiar o carnaval em Teresina porque terá de usar os recursos em outras questões mais urgentes, como saúde. Carnaval em Teresina: blocos vão pras ruas, mesmo sem financiamento da prefeitura
A Associação dos Blocos Carnavalescos de Teresina, que existe desde 2008, afirmou que o carnaval de rua está mantido em Teresina, mesmo sem o financiamento da prefeitura municipal. Na terça-feira (7), a gestão anunciou que não financiaria a festa por motivos de outras questões mais urgentes, como saúde.
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Daniel Borges, organizador do tradicional bloco Vaca Atolada, da Zona Norte, e vice presidente da associação, garante que estão mantidas todas as prévias e o desfile no carnaval.
“Teresina não vai deixar de fazer carnaval. Não é só a prefeitura que tem recurso pra passar para os blocos. O carnaval existe, a Vaca Atolada existe, o Pinto da Morada, Fuleira da Tabuleta e outros que existem. Os blocos já estão correndo atrás da repartição pública do Estado e dos empresários pra fazer o carnaval”, explicou.
Daniel contou que o bloco Vaca Atolada existe há mais de 30 anos e arrasta uma multidão de cerca de 50 mil foliões.
Alexandre Sá e o Raulino Neto são os organizadores do bloco Pinto da Morada, que acontece no bairro Morada do Sol, na Zona Leste. Eles também decidiram manter a prévia e a apresentação no carnaval.
“Carnaval do povo é feito por nós, da iniciativa privada. A ajuda da prefeitura é válida, mas a festa é a festa popular. Quem faz é o próprio povo”, afirma Alexandre.
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A medida de suspenção de financiamento da prefeitura atinge cerca de 50 blocos carnavalescos que costumavam receber uma ajuda financeira que variava de 3 a 15 mil reais. O município alega que há uma crise financeira que prejudica o funcionamento de setores considerados prioritários, como saúde, limpeza e transporte público.
Também há dívidas na área da cultura que chegam a cerca de R$ 5 milhões. A artista Bia Magalhães é produtora e compositora. Ela tenta receber da prefeitura pagamentos desde 2023. Mesmo assim, é contra o corte de recursos para o setor.
“Nunca recebi. Mesmo com todo o processo regulamentado, com nota, mas não consegui a liberação desse cachê. Entendo completamente que a situação da prefeitura esteja estabilizada em todas as áreas, mas a cultura não pode ser a primeira a afetada”, diz a artista.
Para Raulino Neto, presidente da associação dos blocos “Teresina tem que respirar alegria. O carnaval é alegria, Carnaval é família. O nosso carnaval revela o saudosismo e o resgate do verdadeiro carnaval”.
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Pedro Lima/ g1 Piauí
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