Nos últimos três anos, o Campeonato Catarinense foi marcado pela “festa do interior”. O Brusque levantou a taça em 2022, em uma final surpreendente contra o Camboriú, e, nas temporadas seguintes, o Criciúma conquistou o bicampeonato ao vencer o Brusque nas decisões. No entanto, pelo “andar da carruagem”, ambos os clubes terão dificuldades para brigar pelo título em 2025.
O Brusque apostou em um técnico português de segunda linha, ainda uma incógnita. O principal reforço é o atacante Robinho, ex-Avaí, que já está perto do fim de sua carreira. Fora isso, a equipe atravessa o período pós-rebaixamento, sempre traumático tanto esportivamente quanto financeiramente.
O Criciúma enfrenta problemas semelhantes, com o agravante de perder a base vitoriosa que subiu da Série C à Série A. Em apenas 30 dias, o Tigre viu uma sonhada vaga na Sul-Americana se transformar no pesadelo do rebaixamento no Brasileirão.
A torcida e os dirigentes ainda tentam assimilar a queda no mês passado. O presidente abandonou o cargo, há disputas políticas sobre quem o sucederá e, no futebol, houve um verdadeiro desmanche. O técnico Cláudio Tencanti, até então um dos mais longevos do Brasil, pediu demissão. No lugar dele, chegou Zé Ricardo, que há anos não realiza um trabalho de destaque no país.
Do elenco, um terço dos jogadores de 2024 foi embora, e os reforços que chegaram têm um perfil mais jovem, sem grandes destaques. Pelo que temos visto até agora, é difícil que tenhamos uma “festa do interior” novamente. O atual campeão e o vice enfrentam desafios logo no início da temporada.