Morre aos 73 anos ativista cultural e fundadora da Federação de Teatro do Acre, Silene Farias


Silene havia sofrido um AVC há 26 dias e estava em Anápolis (GO). Ativista foi ainda presidente das fundações de cultura Elias Mansour e Garibaldi Brasil. Silene Farias
Arquivo pessoal
Morreu, nesta quarta-feira (8), a ativista cultural acreana Silene Farias aos 73 anos. Ela estava na cidade goiana de Anápolis há 26 dias fazendo tratamento após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC).
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A notícia da morte foi divulgada pela Fundação Estadual de Cultura Elias Mansour (FEM), entidade que ela chegou a presidir e que divulgou nota de pesar. (Confira a íntegra no final da reportagem)
“Seu legado transcende o tempo e ecoará nas artes, nos movimentos culturais e na memória de todos que tiveram o privilégio de conhecê-la e de serem impactados por seu trabalho”, ressaltou parte da nota.
Até a última atualização desta reportagem não haviam sido divulgados detalhes sobre o velório e enterro da ativista.
Silene Farias foi fundadora do Jabuti Bumbá
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Fundadora da Fetac e do Jabuti Bumbá
Maria Silene de Farias Franca nasceu em 1951 na cidade de Tarauacá, interior do Acre. O envolvimento com o movimento cultural acreano vem desde a juventude e começou em família. Ela era irmã do artista plástico Bab Franca e de Cícero e César Farias, alter ego do cantor Zé Jarina, com quem criou o grupo folclórico Jabuti Bumbá em 2005 para contar histórias tradicionais da Amazônia.
“Eu acredito na lenda da Jiboia porque eu sinto e vejo. A jiboia ela é a mãe Terra. Ela é mansa; é amor. Ela não é agressiva. Ela se manifesta aqui na minha pessoa. Eu recebo ela e aí de repente eu me transformo; onde tiver dor vai desaparecendo todas as dores. Então a lenda da jiboia ela é muito real”, contou ela em entrevista à Agência Brasil em 2015.
Antes disso, em 1981 teve suas três primeiras poesias publicadas na “Coletânea de Poesias Acreanas”, uma coletânea independente lançada pela Companhia de Teatro 4º Fuso que reunia textos denunciando as condições sociais dos trabalhadores do campo e seringueiros.
Em 1986 publicou o poema ‘O Bahia Tá Encantado’ na Antologia dos Poetas Acreanos 1986, uma publicação da Fundação Cultural e Casa do Poeta Acreano.
Além da FEM, foi presidente também da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), ficando responsável pelas políticas culturais de Rio Branco.
Em 2007, junto com a amiga Detinha Thomaz idealizou o Maria Chita, um bloco de carnaval ‘como antigamente’ que saia pelas ruas da capital todos os anos. O projeto começou com 15 pessoas, mas chegou a reunir mais de três mil com o passar dos anos.
Até o fim da vida continuou atuando como ativista cultural no Acre.
Silene Farias era ativista cultural
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