Caso aconteceu na zona rural de Manacapuru. O g1 conversou com um especialista que explicou as possíveis causas do fenômeno. Vídeo mostra dezenas de peixes pulando em redes de pescadores no interior do Amazonas
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o momento em que um cardume de peixes da espécie Jaraqui salta para fora d’água em direção as redes de pescadores. O fenômeno foi registrado em um balneário na comunidade Miriti, localizado na zona rural de Manacapuru, interior do Amazonas. Veja acima.
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Nas imagens, publicadas na segunda-feira (6), pescadores e pessoas que passavam pelo local celebram o acontecimento. Após o fenômeno, que durou cerca de 20 segundos, alguns pescadores saem do rio com as redes cheias de peixe.
Para entender o ocorrido, o g1 conversou com o doutor em ecologia aquática Edinbergh Caldas de Oliveira. O especialista explica que o comportamento ocorre quando os peixes ficam encurralados na rede de pesca ou quando o nível da água baixa rápido e eles precisam saltar qualquer obstáculo nos rios ou igarapés.
“Geralmente, por pertencerem a Superordem Ostariophysi, esses saltos são mais acentuados quando eles estão em cardumes, pois os jaraquis que pertencem a essa superordem liberam uma substância de alarme que serve como defesa nessas situações”, destacou Edinbergh.
Segundo o ecologista, outras espécies também costumam “saltar” para fora d’água em situações semelhantes são:
🐠 Sardinhas
🐠 Pacus
🐠 Aracus
🐠 Peixes-cachorro
Oliveira também destacou que a forma como os peixes estão sendo capturados pode prejudicar as espécies que habitam na localidade, causando um impacto negativo na reprodução durante o chamado período de piacema. (Entenda o que é abaixo).
“Nessa época do ano a espécie está tendo dificuldade para subir o rio, para migrar e desovar. Dependendo do tipo de ambiente, se diminuirmos muito a população daquela área do rio, talvez cause um impacto grande na reprodução dessa espécie”, explicou.
O especialista ressalta que uma das formas de coibir essa prática predatória é a fiscalização de órgãos competentes, como o Ibama, fazendo valera portaria que proíbe a pesca da espécie durante este período.
“Confiscar o pescado e aplicar multa aos infratores. Talvez, dependendo se a área for de conservação, pode ser enquadrado como crime ambiental”, conclui o professor.
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Entenda a piracema
A piracema ocorre no período de reprodução dos peixes, quando eles migram rio acima para desovar nas nascentes. O termo tem origem tupi e significa “subida do peixe” ou “saída de peixe”.
A piracema ocorre anualmente e coincide com o período das chuvas de verão, que no Amazonas acontece entre os meses de outubro e março. Para proteger os peixes, é proibida a pesca durante esse período, o que é chamado de defeso.
O Amazonas está no período do defeso desde novembro do ano passado e segue até o dia 15 de março. Conforme o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). Durante esse período, fica proibida a pesca das seguintes espécies:
🐠 Pirarucu
🐠 Tambaqui
🐠 Pacu
🐠 Sardinha
🐠 Matrinxã
🐠 Aruanã
🐠 Capararí
🐠 Mapará
🐠 Pirapitinga
🐠 Surubim
Sobrepesca de jaraqui faz pesquisadores defenderem período de defeso na região
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o momento em que um cardume de peixes da espécie Jaraqui salta para fora d’água em direção as redes de pescadores. O fenômeno foi registrado em um balneário na comunidade Miriti, localizado na zona rural de Manacapuru, interior do Amazonas. Veja acima.
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Nas imagens, publicadas na segunda-feira (6), pescadores e pessoas que passavam pelo local celebram o acontecimento. Após o fenômeno, que durou cerca de 20 segundos, alguns pescadores saem do rio com as redes cheias de peixe.
Para entender o ocorrido, o g1 conversou com o doutor em ecologia aquática Edinbergh Caldas de Oliveira. O especialista explica que o comportamento ocorre quando os peixes ficam encurralados na rede de pesca ou quando o nível da água baixa rápido e eles precisam saltar qualquer obstáculo nos rios ou igarapés.
“Geralmente, por pertencerem a Superordem Ostariophysi, esses saltos são mais acentuados quando eles estão em cardumes, pois os jaraquis que pertencem a essa superordem liberam uma substância de alarme que serve como defesa nessas situações”, destacou Edinbergh.
Segundo o ecologista, outras espécies também costumam “saltar” para fora d’água em situações semelhantes são:
🐠 Sardinhas
🐠 Pacus
🐠 Aracus
🐠 Peixes-cachorro
Oliveira também destacou que a forma como os peixes estão sendo capturados pode prejudicar as espécies que habitam na localidade, causando um impacto negativo na reprodução durante o chamado período de piacema. (Entenda o que é abaixo).
“Nessa época do ano a espécie está tendo dificuldade para subir o rio, para migrar e desovar. Dependendo do tipo de ambiente, se diminuirmos muito a população daquela área do rio, talvez cause um impacto grande na reprodução dessa espécie”, explicou.
O especialista ressalta que uma das formas de coibir essa prática predatória é a fiscalização de órgãos competentes, como o Ibama, fazendo valera portaria que proíbe a pesca da espécie durante este período.
“Confiscar o pescado e aplicar multa aos infratores. Talvez, dependendo se a área for de conservação, pode ser enquadrado como crime ambiental”, conclui o professor.
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A piracema ocorre anualmente e coincide com o período das chuvas de verão, que no Amazonas acontece entre os meses de outubro e março. Para proteger os peixes, é proibida a pesca durante esse período, o que é chamado de defeso.
O Amazonas está no período do defeso desde novembro do ano passado e segue até o dia 15 de março. Conforme o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). Durante esse período, fica proibida a pesca das seguintes espécies:
🐠 Pirarucu
🐠 Tambaqui
🐠 Pacu
🐠 Sardinha
🐠 Matrinxã
🐠 Aruanã
🐠 Capararí
🐠 Mapará
🐠 Pirapitinga
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