O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse, que o acidente do avião da Voepass em Vinhedo foi ocasionado por gelo nas asas.
Ele também descartou a tentativa de contato entre o piloto e os controladores de voo daquela região. Vale dizer que o local da queda está cercado pelos aeroportos de Viracopos, Jundiaí e o, menor, dos Amarais, também em Campinas.
O próprio condomínio que o avião caiu fica ao lado da principal ligação terrestre do aeroporto de Viracopos com a cidade de Vinhedo.
Monteiro negou as suspeitas criadas em grupos de WhatsApp, falando qie houve falha nessa comunicação, como uma negativa para que a aeronave entrasse em procedimento de descida.
Como funciona a questão do gelo?
Em alguns acidentes aéreos, o acúmulo de gelo nas asas tem sido um fator crítico. O gelo pode alterar o fluxo de ar sobre as asas, comprometendo a sustentação da aeronave e levando à perda de controle. Isso ocorre porque o gelo muda o formato da asa, afetando sua aerodinâmica e a eficiência de voo.
Algumas aeronaves são equipadas com sistemas de degelo, mas em algumas circunstâncias extremas, esses sistemas podem não ser suficientes, resultando em acidentes. A investigação de acidentes desse tipo normalmente confirma se o gelo foi o principal causador.
A formação de gelo nas asas de um avião ocorre quando a aeronave voa por nuvens que contêm gotículas de água super-resfriadas, ou seja, água que permanece líquida abaixo de 0°C.
Quando essas gotículas entram em contato com a superfície da asa, que também está em temperaturas abaixo de zero, elas congelam instantaneamente, formando uma camada de gelo.