Uma disputa familiar de duas décadas pode ter motivado o envenenamento de um bolo que matou três pessoas em Torres, no Rio Grande do Sul. Deise Moura dos Anjos, apontada como a principal suspeita, teria agido em razão de um antigo desentendimento com a sogra, Zeli dos Anjos, que preparou o bolo.
Durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (6), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul afirmou que havia arsênio na farinha usada para preparar o bolo. A polícia destacou que uma desavença familiar de mais de 20 anos teria motivado o crime, mas não revelou detalhes da briga.
A polícia encontrou altas concentrações de arsênio em amostras do bolo e nos corpos das vítimas. A substância tóxica teria sido misturada à farinha utilizada na receita, em uma quantidade até 2,7 mil vezes maior que o limite aceitável.
Três mulheres morreram após consumirem o bolo: Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos; Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47 anos; e Maida Berenice Flores da Silva, de 59 anos. Zeli dos Anjos, que também ingeriu o bolo, está internada na UTI em estado grave.
Suspeita de colocar arsênio em bolo que matou três pessoas no RS pode ter envenenado o sogro meses atrás
A investigação ainda não determinou quem seria o alvo principal de Deise Moura e como ela conseguiu inserir o arsênio na farinha. A suspeita está presa e os agentes apuram se a morte do ex-marido de Zeli, ocorrida em setembro de 2024 por intoxicação alimentar, está relacionada ao caso do bolo que matou três pessoas.
A Polícia Civil aguarda os resultados da exumação do corpo para confirmar se há conexão entre as mortes. É possível que a perícia identifique substâncias como arsênio no corpo, mesmo após três meses após a morte do sogro da suspeita.