Quais desafios Lula enfrenta em seu retorno ao Palácio do Planalto após cirurgia

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve encarar diversos desafios em 2025. Após uma série de tratamentos de saúde, o presidente retorna ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira (6) com dois temas principais para trabalhar: as emendas parlamentares e a discussão sobre uma possível reforma ministerial.

Lula

Lula retorna ao Palácio do Planalto após cirurgias e enfrenta diferentes desafios pela frente – Foto: Ricardo Stuckert/ND

Durante o período de recuperação, necessário após uma queda causar hemorragia intracraniana, o presidente não se afastou das atividades, mas concentrou seu trabalho no Palácio da Alvorada e na Granja do Torto, residência oficial e casa de campo da Presidência, respectivamente.

Quais desafios Lula encara em seu retorno ao Palácio do Planalto

Emendas parlamentares

De volta à agenda oficial, o presidente Lula deve retomar a discussão que gera uma falta de consenso entre o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso: as emendas parlamentares. Conforme o R7, o debate se arrasta desde agosto de 2024.

Sem acordo sobre as regras para a aplicação dos recursos, nos últimos dias de 2024 o ministro Flávio Dino suspendeu todos os repasses. O Executivo, no entanto, interveio e pediu a liberação de R$ 370 milhões.

Dino autorizou o repasse dos valores, necessários para alcançar o piso constitucional da saúde. Boa parte do montante, entretanto, continua bloqueada.

Como reação ao embate, os parlamentares deixaram a votação do Orçamento de 2025, que ocorreria em dezembro, para fevereiro. Em 9 de dezembro, antes de se sentir mal e ser levado ao hospital, o presidente estava reunido com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), justamente para tentar chegar a um consenso sobre as emendas parlamentares.

A tendência é que Lula se reúna novamente para debater o assunto.

Eventual reforma

Rumores sobre uma possível reforma na liderança dos ministérios começaram a circular no início de dezembro. Na época, o presidente criticou publicamente a gestão do ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta.

“Há um erro no governo na questão da comunicação, e sou obrigado a fazer as correções necessárias, para que a gente não reclame de que a gente não está se comunicando bem”, admitiu Lula durante seminário do PT, em Brasília (DF).

Na fala, o presidente também reclamou da divulgação das ações do Executivo.

“Sinto cada vez que viajo, que converso, que atendemos ministros, que não estamos entregando de forma adequada [as ações], para que a sociedade tenha as informações do que estamos fazendo. A partir de 1º de janeiro, não tem mais entrega. A gente vai ter que divulgar corretamente o que nós já lançamos. Alguma coisa precisa ser mudada para que as pessoas tenham acesso àquilo que estamos fazendo. Nós não estamos conseguindo colocar as coisas que estamos fazendo. É uma das minhas preocupações, que quero começar a resolver no início de ano”, afirmou.

Na semana seguinte às falas de Lula, Pimenta declarou no JR Entrevista não acreditar em uma reforma ministerial no governo, embora tenha afirmado que seu cargo está à disposição de Lula e que “ajustes são parte do cotidiano”.

*Com informações de R7.

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