Dólar mais caro faz número de turistas argentinos disparar em Florianópolis


A economia da Argentina é fortemente dolarizada. Com a moeda norte-americana valendo mais do que R$ 6, o consumo no Brasil fica mais em conta para eles. Dólar mais caro faz número de turistas argentinos disparar em Florianópolis.
Reprodução/TV Globo
O dólar mais caro já fez desse verão uma das temporadas com o maior número de turistas argentinos em Florianópolis (SC).
A praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha, por exemplo, se tornou um território argentino de verão em solo brasileiro.
Tem camisa do jogador Lionel Messi e mate quente debaixo de um sol 30ºC. Enquanto isso, o cardápio de praia dá vez ao choripán, um tipo de cachorro-quente de churrasco, e às tradicionais empanadas.
Os argentinos descobriram Florianópolis no início da década de 1980. Encontraram no verão da cidade o que não tem por lá: praias de águas calmas, quentes e claras. E, desde então, eles frequentam todo ano. Às vezes mais, às vezes menos.
A diferença, agora, está no câmbio, que dessa vez está a favor dos nossos vizinhos sul-americanos.
É que a economia argentina é fortemente dolarizada. E, com a moeda norte-americana valendo mais do que R$ 6, o consumo no Brasil fica mais em conta para eles.
“Isso facilita muito. É muito mais barato vir de férias para cá do que [ficar] na Argentina”, diz Ricardo Portillo, comerciante.
A Secretaria de Turismo estima cerca de 15% a mais de argentinos nesta temporada.
“Isso se deve, claro, à proximidade dos países, ao câmbio, que ajuda muito, e também à retirada de uma taxa que os argentinos tinham no cartão de crédito, favorecendo cada vez mais a vinda deles para Florianópolis”, explica Zena Becker, secretária de Turismo de Florianópolis.
De acordo com a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), nenhuma cidade do Brasil vai receber tantos argentinos no verão.
No Aeroporto Internacional de Florianópolis, a movimentação vai ser 44% maior do que na temporada passada.
“Nós estamos com os hotéis de praia com ocupação acima de 90% para janeiro, impulsionada principalmente pelos turistas internacionais”, diz Luciano Pereira Oliveira, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de SC (ABIH-SC).
A novidade são os chilenos, metade dos hóspedes em um único hotel.
Falar espanhol garantiu um emprego de recreador para Santiago Godoy de Toledo. “No verão de Florianópolis, vale mais [o espanhol] do que o inglês. É a peça chave”, diz.
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