Indígenas Kayapó fazem protesto e cobram renovação de acordo com a empresa Norte Energia, no PA

Lideranças indígenas cobram a empresa renove um acordo vencido há um ano. O acordo garante repasse de recursos que serão aplicados na proteção das terras indígenas contra o avanço de crimes ambientais. Protesto Kayapó: Norte Energia aciona justiça para integração de prédio em Altamira
Cerca de 80 Indígenas da etnia Kayapó, do município de Novo Progresso, realizam protesto em Altamira, no vale do Xingu, para cobrar a renovação de um acordo que beneficiaria aldeias de duas terras indígenas, no sudoeste do Pará.
O grupo de manifestantes iniciou o protesto na segunda-feira (25) e ocupa o prédio da empresa Norte Energia. A empresa seria a responsável pela renovação do acordo e para repasses de recursos às aldeias da região. O acordo foi firmado com a empresa Eletrobrás, que é a maior acionista da Norte Energia, responsável pela usina de Belo Monte.
Os indígenas bloquearam com cordas parte da avenida que dá acesso ao prédio da empresa e ao aeroporto de Altamira.
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As lideranças cobram que a Norte Energia renove um acordo que estaria vencido há um ano. O documento garante repasse de recursos aplicados na proteção das terras indígenas contra o avanço de crimes ambientais.
O acordo cobrado pelo povo Kayapó é parte das Condicionantes Indígenas de Belo Monte, que são exigências legais. A ideia é compensar os impactos e garantir a proteção das 3 Terras Indígenas: Baú, Menkragnoti e Kayapó e do leste e oeste da bacia do Xingu. O acordo funcionou por 12 anos, venceu em 2023 e desandou com a privatização da Eletrobrás.
Na tarde da quarta-feira (27), os caciques participaram de uma reunião com representantes do Ministério dos Povos Indígenas, Eletrobrás, Norte Energia, Instituto Kabu e da Associação Floresta Protegida dos Kayapó.
Os indígenas informaram, que estão indignados com a falta de entendimento em um acordo proposto por eles. A reunião terminou sem atender a pauta e por isso os indígenas resolveram continuar a manifestação.
Na quarta-feira (27), a Norte Energia acionou a justiça e entrou com um pedido de reintegração de posse à sede da empresa. O g1 pediu posicionamento da empresa sobre os apontamentos do indígenas e aguarda retorno.
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