A capital catarinense é a primeira cidade a receber a exposição fotográfica que celebra o bicentenário da imigração alemã no Brasil, numa das entregas do projeto multiplataforma do Grupo ND que destaca a cultura e o legado dos alemães no país e em Santa Catarina. A abertura aconteceu na última segunda-feira (18), no piso térreo do Beiramar Shopping, onde os 10 painéis informativos, com frente e verso, ficarão expostos até o dia 28 deste mês.
A abertura oficial contou também com apresentação do pianista Juninho Uhlig. Além das fotos obtidas nos arquivos históricos de cidades como Florianópolis, Brusque e Joinville, sob a curadoria de Rodrigo Dal Molin, os painéis têm textos descritivos, resumindo as diferentes facetas da imigração, em seus aspectos culturais e empresariais.
O percurso da exposição começa contextualizando a situação na Europa e no Brasil, quando a imigração alemã se intensificou. Em seguida, aborda a esperança de um novo mundo, um tema recorrente em cartas, documentos e registros históricos da época.
Além da exposição, o projeto do Grupo ND tem reportagens da NDTV, disponíveis no ND Play, e um documentário que conta os 200 anos da história alemã em terras brasileiras. O projeto tem diversas ações espalhadas pelo Estado, como música nos teatros, espaço exclusivo no portal NDMais e um caderno com 32 páginas no jornal ND, documentando a importância da imigração.
Diretor regional do Grupo ND em Florianópolis, Roberto Bertolin participou da abertura e convidou os moradores da Grande Florianópolis e turistas da Capital a visitarem a exposição. “Um trabalho grande, meticuloso, feito com carinho. Retratar os 200 anos de imigração numa exposição não é fácil, mas o Dal Molin foi muito feliz na forma como contou a história com as imagens. Também quero agradecer nossos patrocinadores, em mais um dos grandes projetos do Grupo ND, agora materializando com essa mostra fotográfica”, afirmou.
Bertolin lembrou que a imigração alemã no Brasil foi grandiosa e, por isso, a ideia de contar essa história exige amplitude. “É um movimento imigratório com impacto em Santa Catarina nas mais diversas áreas, como economia, cultura, esportes, saúde. A presença alemã em Santa Catarina é muito forte. Retratar isso numa exposição não é missão fácil, mas conseguimos. Quem passar aqui terá boa noção do que representam esses 200 anos de imigração alemã, vendo imagens de época, e algumas atuais de várias regiões do Estado.”
Legado que permanece até os dias de hoje
O curador Rodrigo Dal Molin destacou que foi um grande prazer organizar o trabalho. “A imigração alemã no Brasil, em especial em Santa Catarina, é muito marcante e, até hoje, vemos esse legado. Na exposição, vemos a história da Alemanha e do Brasil no século 19, a chegada dos imigrantes, o desenvolvimento das vias, dos caminhos e dos primeiros assentamentos”. Segundo Dal Molin, a exposição mostra como isso se deu no Estado e transformou Santa Catarina no que ela é hoje.
O pianista Juninho Uhlig, 39 anos, participou da abertura, tocando um repertório de músicas eruditas de compositores alemães, como Bach, Beethoven e Burgmüller. “Foi uma mostra dessa grande obra que trouxeram para nós. O Prelúdio de Bach é super-conhecido, Für Elise, do Beethoven, também, e tocamos Minuetos, de Bach”, destacou Uhlig, que veio de Rio Negrinho, no Norte do Estado, uma região bastante colonizada por alemães.
A arquiteta Patricia Neira Zbinden, mora em Puerto Varas, no Sul do Chile, seu país natal. Passando férias em Florianópolis, ela visitou a exposição, e se interessou porque tem descendência suíço-alemã.
“Meus bisavôs chegaram a Punta Arenas, na patagônia chilena, com outra colônia suíça, mas em Puerto Varas houve algo bem semelhante ao que ocorreu em Blumenau, onde os alemães chegaram e trabalharam na agricultura em troca de um pedaço de terra. Trabalharam duro. Tudo de forma muito artesanal”, comentou. Ela achou a exposição muito bem resumida, clara, as imagens bonitas e a história bem contada. “Fico grata, porque é uma verdadeira homenagem”, declarou.
Parceiros estratégicos
Para dar vida a mais esse grande projeto, o Grupo ND tem parceiros estratégicos, como o Sinepe-SC (Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina). Conforme o assessor da diretoria do Sinepe, Claudio Lange Moreira, a exposição ficou muito bonita e o ND está de parabéns pela iniciativa.
“Para as escolas particulares de Santa Catarina, integrar essa ação em âmbito estadual é um motivo de orgulho, para valorizar essa cultura que tanto contribuiu para o crescimento do nosso Estado”, declarou.
Gerente de marketing do Beiramar Shopping, onde ocorre a exposição, Carlos Pamplona disse que é uma honra para a empresa firmar a parceria. “A própria família dona do empreendimento tem o DNA alemão. Gostaria de convidar a todos a conhecer essa linda exposição, no piso térreo do Beiramar”, afirmou.
Gestor de Marketing das Lojas Koerich, Rafael Dantas disse que participar da exposição é algo muito bom, até porque a empresa também tem loja no shopping e ligação com a imigração alemã.
O grupo completa 70 anos em 2025 e a história empresarial dos Koerich em Santa Catarina começou em São Pedro de Alcântara, com uma friamberia. Hoje, são 129 lojas em toda Santa Catarina: “Celebrar o bicentenário da imigração alemã para gente é muito importante, porque remete às nossas raízes. Somos uma empresa com cultura alemã. Para nós, é muito importante estar aqui.”