Mulheres representam quase 50% dos microempreendedores individuais de Rio Preto, aponta Sebrae


Novembro foi instituído como o Mês do Empreendedorismo Feminino pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em São José do Rio Preto (SP), mais de 27 mil mulheres cuidam dos próprios negócios. Quase metade dos pequenos negócios é administrada por mulheres em Rio Preto
Uma pesquisa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apontou que as mulheres representam quase 50% dos Microempreendedores Individuais (MEIs) em São José do Rio Preto (SP). No total, são mais de 27 mil empreendedoras que geram e impulsionam os próprios negócios no município.
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Desde 2014, novembro é considerado o Mês do Empreendedorismo Feminino pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo da medida é destacar a importância do apoio e também da capacitação das mulheres que têm a vontade e o sonho de prosperar no mercado.
Maria Paula Beltran faz parte das estatísticas de Rio Preto. Foi durante um trabalho no zoológico da cidade que surgiu uma das primeiras ideias para o atual empreendimento. Baseada em um estudo que desenvolveu sobre alimentação para o bem-estar dos animais, a mulher decidiu se arriscar em um novo desafio.
“Eu me inspirei em um resultado que tivemos no zoológico. Adaptei um estudo que tinha sobre a alimentação com um promotor de bem-estar dos animais para os cães e gatos” ,explica.
Em seguida, ela aplicou os conhecimentos adquiridos, abandonou o trabalho fixo e, há quatro anos, abriu a própria empresa, na qual produz marmitas para cães e gatos. Hoje, atua exclusivamente no empreendimento e oferece os alimentos prontos por R$ 12. A produção das comidas naturais gira em torno de 500 quilos por mês.
Mulheres representam quase 50% dos microempreendedores individuais de Rio Preto (SP)
Reprodução
Devido ao empenho e comprometimento, além do crescimento na empresa, Maria Paula também ganhou reconhecimento como empreendedora. Após vencer a fase regional, ela vai representar a região sudeste na etapa nacional do prêmio “Mulher de Negócios” do Sebrae.
“Eu fui vencedora do prêmio do Sebrae, ganhei o regional e vou representar a região sudeste para concorrer ao prêmio nacional em Florianópolis (SC)”, conta.
Maria Paula Beltran, que trabalhava em um zoológico, resolveu abrir o próprio negócio em Rio Preto (SP) com a venda de marmitas para pets
Reprodução/TV TEM
Ela atribui o sucesso ao empenho e à responsabilidade que sempre teve com os clientes. Todavia, diz que é diferente quando a pessoa se profissionaliza e sai da informalidade. É o primeiro passo para o crescimento.
“Quando você trabalha de maneira informal, parece que a coisa não vai, a coisa fica ali muito pequena e limitada. Quando você entende a necessidade de regularização e formaliza o negócio, as coisas acontecem e você consegue crescer”, revela.
Marmitas para pets que a empreendedora Maria Paula de Rio Preto (SP) vende no negócio dela
Reprodução/TV TEM
Thamires Alves, que é artesã e empreendedora em São José do Rio Preto, é outro exemplo de independência financeira. Há oito anos, ela dividia a vida entre o trabalho com carteira assinada, o artesanato e as funções de mãe.
Após enfrentar problemas de saúde mental, como a depressão e a ansiedade, há um ano Thamires transformou em trabalho integral aquilo que muitos classificam como hobby. Para ela, o artesanato requer muito estudo e prática, além de organização e gestão financeira.
“Eu coloquei na cabeça que iria trabalhar para mim mesma e que queria minha independência financeira e até da minha vida. Então, corri atrás de todas as burocracias para profissionalizar meu trabalho e transformei o que muitos acham que é um hobby em trabalho”, revela.
Thamires Alves é artesã em São José do Rio Preto (SP)
Reprodução/TV TEM
Discriminação
Em 19 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. Os especialistas dizem que, apesar dos avanços conquistados pelas mulheres, ainda há discriminação no mercado de trabalho.
A analista de negócios do Sebrae de Rio Preto, Sabrina Ikeda, explica que, atualmente, o empreendedorismo é uma forma de igualdade de gênero, mesmo ainda havendo uma diferença de salários entre homens e mulheres.
“Ainda existe um cenário em que as mulheres ganham menos do que os homens, mas o empreendedorismo é como uma alavanca que torna, aos poucos, os gêneros mais igualitários”, finaliza.
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