Raio-x dos vestibulares: quais as tendências e o que levar das experiências de provas de 2024 para 2025?


Altamente atualizadas e conectadas com os acontecimentos mais recentes da sociedade, as provas têm exigido um posicionamento cada vez mais crítico e reflexivo por parte dos candidatos, avaliou orientador pedagógico. 1ª fase vestibular Unicamp 2025 em Piracicaba
Antonio Trivelin/g1
Com os principais vestibulares do país já finalizando a primeira fase, já é possível traçar um perfil das principais tendências dos exames aplicados este ano e fazer das experiências de prova de 2024 uma bagagem para 2025.
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Após o Enem e a primeira fase de Unicamp e Unesp, por exemplo, o raio-x dos vestibulares mostra que as provas estão cada mais ligadas ao momento atual e aos acontecimentos mais recentes da sociedade, exigindo dos candidatos uma atenção maior ao presente e um posicionamento mais crítico e reflexivo acerca dos desdobramentos da contemporaneidade.
“O que aprendemos com os vestibulares de 2024, até o momento, é que as provas estão altamente atualizadas, conectadas com os acontecimentos mais recentes da sociedade, e preocupadas com o engajamento do aluno em reflexões críticas sobre esses eventos. Assim, temos provas que abordam temas ligados à economia, política, saúde, meio ambiente, sociedade e inclusão social. Esses assuntos, que permearam os exames realizados até agora, mostram o engajamento da banca examinadora e o quanto ela espera avaliar se o aluno também está atualizado”, analisa o diretor pedagógico do colégio Oficina do Estudante, Antunes Rafael.
Diante do cenário, os estudantes que não foram aprovados devem levar como aprendizado a importância de se manterem atualizados, informados – a partir de fontes de informação confiáveis – e contar com as disciplinas como atualidades, humanidades, filosofia e sociologia no cronograma de estudos do próximo ano.
Experiências de prova como mapa para 2025
“Se o aluno já sabe que não foi aprovado, o momento de começar a estudar é agora. Ele pode pegar a prova que realizou, refazê-la, identificar onde errou. Esse processo já faz parte da preparação, pois permite mapear os pontos de carência que precisarão de uma maior intervenção. As matérias nas quais teve mais dificuldade devem ser as suas prioridades. Isso já é estudar para o próximo exame”, destaca Rafael.
Ao organizar o tempo e criar um cronograma de estudos, o diretor pedagógico lembra que é essencial incluir uma rotina que envolva tempo de lazer, descanso e, principalmente, foco nas matérias que foram mais deficitárias no exame de 2024.
“Não há uma receita única para todos os alunos, nem uma rotina que sirva para todos, porque cada um tem suas especificidades, demandas e rotinas, e há várias variáveis que interferem na criação de uma rotina de estudos. Então, não é possível definir uma única rotina, mas ela deve considerar essas individualidades e, principalmente, o objetivo do candidato, se ele deseja um curso de alta concorrência e performance ou não”, explica.
Organizar os estudos para atacar onde não foi tão bem e ter tempo de lazer durante a preparação para o vestibular também são recomendações do psicólogo e orientador vocacional, Márcio Souza.
“A dica é avaliar o motivo de não ter passado e organizar os estudos para atacar as áreas em que o estudante está mais deficitário, nas quais ele precisa melhorar o aprendizado. Do ponto de vista psicológico, há uma tendência dos vestibulandos, por conta da pressão e das exigências de estudo, em abandonar elementos que fazem parte da vida e que são capazes de promover bem-estar, como academia, sair com os amigos, namorar, etc, chegando, muitas vezes, enfraquecidos no vestibular”, finaliza.
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