PF usa robô para vasculhar casa alugada por homem que detonou explosivos em Brasília; nova explosão revela armadilha


O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse que a decisão de usar um robô para vasculhar a casa alugada por Francisco Wanderley em Ceilândia salvou vidas de agentes. PF usa robô para vasculhar casa alugada por homem que detonou explosivos em Brasília
Reprodução/TV Globo
No Distrito Federal, a Polícia Civil descobriu que o homem alugou uma casa em Ceilândia.
Já nos primeiros momentos das investigações, agentes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil começaram a identificar os últimos passos de Francisco Wanderley. Segundo a PRF, o carro dele estava em Brasília desde o final de julho.
A Polícia Civil descobriu que ele alugou uma quitinete em Ceilândia, a pouco mais de 30 km de Brasília. A proprietária do imóvel disse à TV Globo que Francisco estava morando ali desde julho.
Durante a madrugada, a casa foi cercada por policiais. Por precaução, eles usaram um robô para vasculhar o local. Ao abrir uma gaveta, uma bomba explodiu. Era uma armadilha para a polícia. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse que a decisão de usar o robô salvou vidas de agentes.
“Aqui tem um ponto que reafirma a gravidade dessa situação. Nossa equipe fez buscas na residência da Ceilândia e, felizmente, usamos a boa doutrina da nossa instituição da PM também para fazer a entrada desse tipo de ambiente, e entramos com o nosso robô antibombas. O robô entrou na residência e, ato contínuo ao abrir uma gaveta para fazer a busca, houve uma explosão, uma explosão gravíssima. O uso do robô salvou a vida de alguns policiais, que, se tivessem ingressado na residência, certamente não sobreviveriam àquela intensidade da explosão”, afirma Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal.
Gaveta em casa alugada por autor de atentado em Brasília gerou explosão ao ser aberta por robô
Reprodução/TV Globo
INFOGRÁFICO: Quem é autor de atentado contra STF, como ele agiu e o que se sabe sobre explosões
A polícia encontrou uma mensagem escrita no espelho que fazia menção a uma pichação feita na estátua da Justiça durante os ataques de oito de janeiro.
A ravedura revelou que o autor do atentado tinha deixado para trás mais explosivos e rojões – que foram detonados pela polícia. A casa ficou destruída.
Também de madrugada, a polícia fez uma perícia na Praça dos Três Poderes, com drones e scanners 3D. Com ajuda de robôs, identificaram que ainda havia explosivos presos ao corpo de Francisco Wanderley.
Francisco Wanderley Luiz
Reprodução/TV Globo
Vídeo mostra momento em que homem detona explosivos em frente ao STF
O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar continuou com a varredura durante toda a manhã. Detonou uma bomba que estava perto do corpo e outros oito artefatos perto do anexo da Câmara dos Deputados, onde estava o carro do criminoso.
Os agentes também encontraram mais três artefatos explosivos em um trailer de alimentação alugado há pelo menos três meses por Wanderley, que estava estacionado perto do STF – Supremo Tribunal Federal.
Um celular de Francisco também estava no trailer. Os peritos levaram imediatamente o aparelho para perícia. A PF já começou a extrair dados que podem ajudar a identificar com quem ele falava e por onde passou na quarta-feira (13) antes do atentado.
Mensagens em espelhos de casa alugada por autor de atentado no DF
Reprodução/TV Globo
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