Tragédia aérea: piloto de avião que caiu em Vinhedo iniciou carreira em escola de aviação de Jundiaí


Danilo Romano pilotava a aeronave que saiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP), e caiu em Vinhedo (SP), na sexta-feira (9), matando 62 pessoas. Ele foi aluno de uma escola de aviação de Jundiaí (SP), entre abril de 2012 e janeiro de 2014. Danilo Santos Romano, comandante do avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP)
Reprodução
O piloto Danilo Romano, responsável por comandar a aeronave da Voepass Linhas Aéreas que caiu em Vinhedo (SP), na sexta-feira (9), iniciou sua carreira em uma escola de aviação situada em Jundiaí (SP). O acidente deixou 62 mortos e não há sobreviventes.
Danilo, que morava na capital paulista, chegou a publicar em suas redes sociais que foi aluno da EJ Escola de Aviação Civil, em Jundiaí, por um ano e 10 meses, entre abril de 2012 e janeiro de 2014.
Em sua formatura, ele foi homenageado por ter entrado em uma companhia aérea comercial de grande porte.
A TV TEM entrou em contato com a EJ para pedir mais detalhes sobre a passagem de Danilo pela escola. No entanto, não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Danilo foi homenageado por ter entrado em companhia aérea comercial de grande porte
Reprodução/Facebook
Em 2012, piloto postou foto durante aula em Jundiaí (SP)
Reprodução/Facebook
Acidente
O avião com 58 passageiros e quatro tripulantes, totalizando 62 pessoas a bordo, caiu em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo, no início da tarde de sexta-feira. Não houve sobreviventes.
Avião com 62 pessoas despencou sobre área residencial de Vinhedo (SP)
Reprodução/TV Globo
Inicialmente, a Voepass noticiou que 61 pessoas haviam morrido após a queda do avião. Na manhã de sábado (10), no entanto, o número de mortes subiu para 62.
A companhia aérea divulgou uma lista com os nomes das pessoas que estavam no avião. Este é o acidente aéreo com o maior número de vítimas desde a tragédia da TAM, no aeroporto de Congonhas, em 2007, que deixou 199 mortos.
Avião ATR-72 da Voepass, antiga Passaredo Linhas Aéreas, em Ribeirão Preto (SP)
Divulgação
De acordo com a Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, companhia aérea dona da aeronave, as vítimas estavam em um avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72, que saiu de Cascavel às 11h58, com destino a Guarulhos.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, mas, a partir das 13h21, a aeronave não respondeu às chamadas da torre de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. A perda do contato radar ocorreu às 13h22.
Conforme a plataforma Flightradar, às 12h23 o avião subiu até atingir cinco mil metros de altitude, e seguiu nessa altura até as 13h21, quando começou a perder altitude.
Avião com 58 passageiros e 4 tripulantes a bordo cai no interior de SP
Nesse momento, a aeronave fez uma curva brusca. Às 13h22 – um minuto depois do horário do último registro – a altitude estava em 1.250 metros, uma queda de aproximadamente quatro mil metros. De acordo com o site, a velocidade dessa queda foi de 440 km/h.
AO VIVO: acompanhe a cobertura do acidente
FICHA TÉCNICA: modelo da aeronave é usado em rotas regionais
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A companhia aérea afirmou, em nota, que o avião que caiu estava apto a voar e sem restrições. O Cenipa, órgão da aeronáutica responsável pela investigação do acidente, disse, em coletiva, que ainda é prematuro apontar as causas do acidente.
Ainda não se sabe a motivação, mas a queda em espiral sugere a ocorrência de um estol — que acontece quando a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar —, segundo especialistas.
Imagem da plataforma de monitoramento Flightradar mostra minutos finais do avião que caiu em Vinhedo (SP)
Reprodução/Flightradar
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lamentou o acidente e disse que vai monitorar “a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa, bem como está adotando as providências necessárias para averiguação da situação da aeronave e dos tripulantes”.
De acordo com o diretor do Instituto Nacional de Criminalística (INC), Carlos Palhares, os corpos das vítimas devem ser totalmente removidos da área do acidente ainda neste sábado (10). Os cadáveres estão sendo transportados ao Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo (SP).
Em entrevista à imprensa, ele também relatou que a chuva e o frio atrapalharam os trabalhos durante a madrugada e que a retirada das vítimas tem sido gradual para preservar os corpos.
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