De janeiro a julho, a cidade registrou 4 vezes mais focos de incêndio comparado ao ano passado, diz Corpo de Bombeiros. Número de queimadas em Araraquara aumentou 285% entre janeiro e julho deste ano
Walter Strozzi/acidadeon
O número de queimadas em Araraquara (SP) aumentou 285% entre janeiro e julho deste ano. Segundo o Corpo de Bombeiros, os incêndios são quatro vezes maior em comparação ao mesmo período no ano passado.
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Na última semana, três incêndios de grandes proporções foram registrados em cooperativa de reciclável, áreas de vegetação e ferro velho.
Uma das queimadas chegou a atingir uma rede de alta tensão de energia elétrica no Jardim Anhumas e interrompeu o fornecimento de energia e abastecimento de água em vários bairros da cidade.
De acordo com os Bombeiros, neste primeiro semestre foram registradas 401 queimadas na cidade, enquanto no mesmo período em 2023 foram 104, resultando mais do que todo o ano passado com 397 ocorrências.
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Fumaça de prejuízo
Bombeiro trabalha para conter incêndio em Araraquara
Walter Strozzi/acidadeon Araraquara
Na quarta-feira (7), o fogo atingiu um ferro velho próximo a estação ferroviária, restando apenas uma montanha de material reciclável queimado.
As chamas atingiram papelão, plástico e outros materiais que ainda seriam separados. O prejuízo foi de R$ 12 mil.
Incêndio de grande proporção atingiu ferro velho na quarta-feira (7) em Araraquara
Walter Strozzi/acidadeon Araraquara
“Quando vimos o fogo já tinha pegado, o mato está muito seco , pessoal passa maquinário na linha mas não limpa , e o mato seco fica lá e acontece de pegar fogo. O problema também é que não tem chovido”, contou o serralheiro Derdival Tacelli.
Na quinta-feira (8) pela manhã, as chamas ainda consumiam o lixo reciclável do ferro velho. A Polícia Civil vai investigar a causa do incêndio.
Bombeiros controlam o fogo que atingiu ferro velho com recicláveis em Araraquara
Walter Strozzi/acidadeon Araraquara
Cooperativa Acácia
Um grande incêndio também atingiu máquinas e comprometeu a estrutura do barracão da Cooperativa Acácia de Araraquara, no dia 31 de julho. A cooperativa é responsável por 95% da coleta seletiva da cidade.
Como o local tem muito material inflamável, o incêndio se alastrou e foi controlado somente após três dias e quatro noites. O prejuízo passa de R$ 800 mil.
Prejuízo em Cooperativa é de R$ 800 mil.
Arquivo pessoal
Devido a proporção, a cooperativa precisou de apoio de caminhões pipas de usinas e de cidades da região. A reforma do espaço deve acontecer em três meses e até lá os 200 cooperados fazem a triagem do material de forma improvisada.
“Vamos ter que fazer toda a reforma, cobertura, esteiras, motocana, além da parte elétrica e hidráulica tem que ser toda refeita”, comentou a presidente da cooperativa, Helena Francisco da Silva.
Perfil
De acordo com a Defesa Civil de Araraquara, o que mais chama atenção é que nove em cada dez registros de incêndios são causados pelas pessoas.
“Crime de incêndio está previsto tanto no código penal quanto como na lei de crimes ambientais, com penas inclusive de reclusão. O nosso trabalho é focado em identificar essas pessoas para que sejam responsabilizadas por esses atos”, comentou Luiz Dellacqua , coordenador da Defesa Civil de Araraquara.
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