Novo CEO vai fortalecer Tupy como referência global, avalia Fiesc

A nomeação de Rafael Lucchesi como CEO da Tupy, confirmada pelo conselho de administração da companhia na última semana, é uma escolha fundamentada em sua experiência e trajetória profissional, avalia o presidente da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), Mario Cezar de Aguiar.

Novo CEO vai fortalecer Tupy como referência global, avalia Fiesc

Na última semana, Rafael Lucchesi, com extensa experiência em liderança industrial e inovação, foi anunciado como novo diretor-presidente da metalúrgica de Joinville – Foto: Diego Campos/CNI/Divulgação/ND

“A reconhecida capacidade de liderança, a habilidade em negociações e o compromisso de Lucchesi com a inovação vão fortalecer ainda mais a posição da Tupy como referência global em fundição”, afirmou Aguiar.

O presidente da Fiesc destacou ainda a gestão de Fernando Cestari de Rizzo, que presidiu a Tupy desde 2018. “Foi uma gestão de grandes resultados, que consolidou a internacionalização da companhia, com movimentos ousados e aquisições estratégicas para o futuro da Tupy”, disse.

Fernando Cestari de Rizzo, atual presidente da Tupy e diretor de Relações com Investidores – Foto: Tupy/Divulgação/ND

Transição

A Tupy, multinacional com sede em Joinville, confirmou a nomeação de Lucchesi, economista com extensa experiência em liderança industrial e inovação, como novo diretor-presidente da companhia. Ele assume o cargo em 30 de abril, substituindo Rizzo.

Com R$ 1,4 bilhão, metalúrgica de Joinville registra maior caixa da história – Foto: Tupy/Divulgação/ND

Lucchesi construiu sua carreira na CNI (Confederação Nacional da Indústria) e no Sesi (Serviço Social da Indústria). Também presidiu o Conselho de Administração do BNDES e integrou os conselhos nacionais de Desenvolvimento Industrial e de Ciência e Tecnologia.

Em nota, a Tupy afirmou que a escolha reforça sua estratégia de inovação e crescimento global. A empresa também agradeceu Rizzo pela gestão e pelas transformações promovidas nos últimos anos.

Desempenho e desafios

A mudança ocorre em um momento de desafios e oportunidades para a Tupy. Em 2024, a companhia registrou a maior geração de caixa de sua história: R$ 1,4 bilhão. O EBITDA ajustado chegou a R$ 1,3 bilhão, alta de 2% na comparação anual, com margem de 12,1%.

Apesar disso, a receita líquida caiu 6% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 10,7 bilhões, impactada pela retração de volumes. O lucro líquido foi de R$ 82 milhões. A empresa destaca que ganhos de eficiência operacional, a valorização do dólar e o crescimento de cerca de 20% na receita da MWM ajudaram a mitigar essa queda.

A expectativa é que, a partir do segundo semestre de 2025, as vendas se recuperem, impulsionadas pela retomada econômica, renovação de frota e novas regulações ambientais nos Estados Unidos, que devem estimular compras antecipadas no setor automotivo.

Expansão e novos contratos

A companhia também anunciou dois novos contratos com montadoras de caminhões para o desenvolvimento e produção de componentes estruturais de veículos extrapesados. Os acordos devem gerar receitas adicionais de R$ 250 milhões por ano.

Um dos contratos prevê a fabricação, usinagem e pré-montagem de cabeçotes de motor, com entregas a partir de 2027. O outro, programado para 2028, envolve a produção de blocos de motor para uma das plataformas mais vendidas globalmente em caminhões pesados.

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