Os Estados Unidos se prepararam para o que podem ser ataques significativos do Irã ou de seus representantes no Oriente Médio ainda esta semana, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, nesta segunda-feira (12). John Kirby durante entrevista coletiva na Casa Branca em 17 de abril de 2023
Evelyn Hockstein/Reuters
Os EUA se prepararam para o que podem ser ataques significativos do Irã ou de seus representantes no Oriente Médio ainda esta semana, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, na segunda-feira.
Kirby disse a repórteres que os EUA aumentaram sua postura de força regional nos últimos dias e compartilhavam as preocupações de Israel sobre um possível ataque apoiado pelo Irã depois que o Irã e o grupo islâmico palestino Hamas acusaram Israel de realizar o assassinato de um líder do Hamas em Teerã no mês passado.
Promessas de vingança
O Irã está pronto para cumprir ordem do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, de “punir duramente” Israel pelo assassinato de um líder do Hamas em Teerã, afirmou um vice-comandante da Guarda Revolucionária nesta sexta-feira (9), segundo agências de notícias locais.
“As ordens do líder supremo em relação à punição severa de Israel e à vingança pelo sangue do mártir Ismail Haniyeh são claras e explícitas… e serão implementadas da melhor maneira possível”, disse Ali Fadavi, citado pela mídia iraniana.
Solicitado por jornalistas a responder aos comentários iranianos, o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os Estados Unidos estão prontos para defender Israel com muitos recursos na região.
“Quando ouvimos uma retórica como essa, temos que levá-la a sério, e é o que fazemos”, disse ele.
Escalada de tensões
As de tensões no Oriente Médio entre Israel e Irã se acirraram na semana passada após os assassinatos dos chefes dos grupos terroristas Hezbollah e Hamas, aliados dos iranianos.
Israel foi culpado por ambos os ataques, mas não assumiu a autoria do assassinato de Ismail Haniyeh, do Hamas, que ocorreu em solo iraniano. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse apenas que seu país deu “golpes esmagadores” em aliados do Irã.
Segundo o jornal “The Wall Street Journal”, os EUA também deixaram claro que estão prontos para usar a força para defender Israel, assim como fizeram da última vez que o Irã atacou os israelenses, em abril, quando mais de 300 mísseis e drones foram disparados ao território israelense. Caças furtivos F-22 foram implantados em uma base no Oriente Médio, informou o Comando Central dos EUA na quarta-feira.
Além disso, os EUA enviaram na semana passada cruzadores e destroieres da Marinha para a região do Oriente Médio, assim como um esquadrão adicional de caças, segundo o Pentágono. As embarcações têm capacidade de defesa contra mísseis balísticos, de acordo o departamento de Defesa americano.
Também nesta quinta (7), o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, afirmou na rede social X (antigo Twitter) que ligou para o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, para informá-lo sobre ajustes na postura das forças dos EUA e reforçar o apoio “inabalável à defesa de Israel”.
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