
Após um verão marcado por temperaturas elevadas e ondas de calor intensas registradas nos municípios do Oeste de Santa Catarina, muitas pessoas se perguntam: será que o inverno também será extremo?

Meteorologista Piter Scheuer explica como o fenômeno La Niña pode influenciar o inverno no Oeste de SC – Foto: Divulgação/Freepik/ND
Para esta semana, o meteorologista Piter Scheuer explica que as manhãs da região Oeste, serão marcadas pelo friozinho, enquanto as tardes serão mais aquecidas. Geadas isoladas já podem ocorrer na região.
A partir de julho e agosto, há possibilidade de geadas mais intensas. Além disso, o clima deve apresentar variações entre frio e aquecimento, com chuva próximo ou abaixo da média.
A crença popular de que um verão quente antecede um frio mais rigoroso tem fundamento ou não passa de um mito? Piter explica que o fenômeno climático La Niña influencia as estações do ano e já informa o que podemos esperar para os próximos meses no Oeste do estado.

Veja como deve ser o inverno nas cidades do Oeste catarinense – Foto: Germano Rorato/ND
O Oeste do estado será marcado por um inverno rigoroso?
Ele destaca que, embora o inverno não deva ser excepcionalmente frio, há uma tendência de massas de ar polar mais frequentes e até geadas precoces em algumas cidades do Oeste catarinense.
“Às vezes, isso pode acontecer, mas nem sempre. Vai depender muito do sistema global, especialmente do La Niña. Como o planeta está sob a influência desse fenômeno e tivemos um verão bem definido, a atmosfera tende a buscar um equilíbrio, compensando o calor intenso com massas de ar frio, que podem chegar já em abril e maio”, explicou Piter.
Segundo ele, o inverno deste ano na região Oeste deve ser semelhante ao do ano passado, com pelo menos duas ou três ondas de ar frio polar, o que já representa um frio mais rigoroso do que o de 2024, que não teve nenhuma.

O inverno deste ano no Oeste Santa Catarina deve ser semelhante ao do ano passado – Foto: Divulgação/Freepik/ND
“Podemos dizer que o inverno ficará dentro da normalidade, ou seja, haverá geadas, mas dentro do padrão associado ao La Niña, que neste ano está mais fraco. Geadas isoladas podem ocorrer partir de abril e maio, e há chances de episódios mais intensos entre junho e agosto”, completa o meteorologista.
Ele reforça que, quando um verão é bem definido, a tendência é de que o inverno traga uma certa compensação climática. Geralmente, os invernos ficam dentro da normalidade ou até mais rigorosos.
“Neste caso, acredito que não será extremamente frio, mas um pouco mais intenso do que o do ano passado. Em 2024, o La Niña estava muito forte. Este ano, temos um fenômeno mais fraco, o que pode equilibrar as temperaturas”, finaliza Piter.