Tragédia em Vinhedo: familiares das vítimas do acidente aéreo vivem horas de angústia

Em um ponto do Aeroporto de Cascavel foi montada um base com a presença de médicos, equipes de psicólogos, onde estão sendo atendidas as famílias das vítimas. Tragédia em Vinhedo: familiares das vítimas do acidente aéreo vivem horas de angústia no aeroporto
Logo no início da tarde, assim que souberam da queda do avião, familiares dos passageiros correram para o Aeroporto de Cascavel, angustiados, em busca de notícias.
O Avelino da Cruz buscava informações sobre o cunhado.
“A esposa dele está aqui. E ela que veio trazer ele aqui. Daí ela foi para casa, quando chegou, deu a notícia que esse voo que ele estava, que foi para lá, que aconteceu isso”, conta Avelino, cunhado de uma vítima.
A sobrinha do Antônio Rossani estava no voo. Mariana Belim tinha 31 anos, era residente do Hospital do Câncer de Cascavel e viajava para participar de um congresso em São Paulo.
“Família está desesperada. A mãe… Filha única, né? Então, a situação está difícil. A vida de uma moça jovem, formada e casada há um ano, médica, casada há um ano”, diz Antônio Rossani, tio de uma vítima.
A medida que o tempo ia passando, a angústia ia aumentando. Ana Paula Bartinik queria notícias sobre os pais.
“Estamos esperando que passe alguma informação. Ninguém passa nada”, conta Ana Paula Bartinik, filha de vítimas.
Em um ponto do Aeroporto de Cascavel foi montado um isolamento, onde só tem acesso amigos e parentes das vítimas que estavam no voo. Em cima, originalmente, funciona a praça de alimentação do Aeroporto de Cascavel. Mas foi montada uma espécie de base com a presença de médicos, equipes de psicólogos e onde também estão sendo atendidas as famílias das vítimas.
Avião com 62 pessoas a bordo cai em Vinhedo e não há sobreviventes
“A gente veio procurar minimizar o sofrimento dos familiares, dar o apoio necessário, pacientes com crise hipertensiva, de ansiedade. Em um momento desses, a gente precisa mais de um abraço. Desculpem, a gente fica emocionado frente a uma situação dessa. É difícil, quando você pensa na tua família, nos teus entes queridos, vendo o sofrimento da perda. A gente trabalha com vida também sofre”, diz José Luiz Irigonhê, médico do SAMU.
Por volta das 17h, a Voepass divulgou a lista com os nomes dos 57 passageiros e dos quatro tripulantes. E a espera se transformou em dor com a confirmação de que ninguém tinha sobrevivido.
“Agora a gente vai tentar entender o que vai fazer, como vai ser o procedimento. Vou falar com minha família, meu pai e minha mãe estão desesperados”, diz uma familiar.
Emocionados, José Felipe e Adriano se solidarizaram com as famílias das vítimas. Eles faziam parte de um grupo de dez pessoas que não conseguiu embarcar.
“O rapaz falou que eu não ia embarcar mais porque é uma hora antes para o embarque. Nesse momento, eu discuti com ele. E foi isso. E ele salvou a minha vida, cara”, conta Adriano.
“Minha irmã, já conversei com ela. Falei para ela que o avião que eu ia embarcar infelizmente caiu”, diz José Felipe.
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