Homem teria falsificado documentos para que uma pessoa se passasse por irmão da idosa. Sobrinhos ficaram sabendo ao fazer o inventário da falecida. Estelionatários conseguiram passar duas casas para os próprios nomes antes de serem descobertos. Homem foi preso no RN por falsificar documentos para obter herança de R$ 9 milhões em Pelotas
Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil prendeu temporariamente no Rio Grande do Norte um homem de 44 anos suspeito de planejar um golpe e forjar um herdeiro para ficar uma herança de R$ 9 milhões de uma mulher falecida em Pelotas, na Região Sul Rio Grande do Sul.
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A ação da polícia aconteceu na quarta-feira (5) em Natal, no RN. O homem preso teve bens apreendidos e sequestrados – incluindo dois imóveis da mulher que ele havia conseguido transferir para o próprio nome.
Como o caso foi descoberto
De acordo com o delegado João Vitor Herédia, da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações (DRCID), a idosa morreu aos 84 anos em 2020. Ela não tinha nenhum parente próximo, então, os legítimos herdeiros foram identificados como sobrinhos.
No entanto, ao fazer o inventário da tia, tomaram conhecimento de que uma pessoa, via processo judicial, havia se habilitado no RN para receber a herança – e ela se dizia irmão por parte de pai da falecida, que não teria relação com ninguém no RN.
A Polícia Civil começou a investigar e descobriu que o falso herdeiro havia fornecido documentos a um banco que comprovariam o parentesco com a mulher. Dessa forma, recebeu parte da herança milionária: conseguiu transferir duas casas para o seu nome.
A investigação concluiu que os documentos apresentados ao banco eram falsos. O homem teria incluído em uma certidão de nascimento dados que indicavam que ele era irmão da falecida.
Polícia identificou duas pessoas suspeitas de envolvimento em golpe para obter herança milionária em Pelotas
Polícia Civil/Divulgação
Suspeitos identificados
Duas pessoas foram identificadas pela polícia como tendo envolvimento no esquema. O homem preso seria o responsável por falsificar os documentos. Ele é natural do Rio Grande do Norte e já foi responsabilizado por aplicar golpes parecidos: falsificando documentos para receber heranças. Até então, os golpes eram cometidos no RN.
O outro identificado tem 55 anos e é natural do estado da Paraíba. Teria sido ele que se passou por parente da falecida. Ele está foragido da Justiça.
A Polícia Civil acredita que outras pessoas participaram do esquema e trabalha para identificá-las.
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