Ignorados pela ABL: Grandes escritores que nunca foram contemplados com uma cadeira

Vários escritores de renome da literatura brasileira nunca foram contemplados como “imortais” da Academia Brasileira de Letras. Veja a lista de alguns que, apesar do reconhecimento, nunca ocuparam uma das cadeiras da casa.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) – Para muitos o maior poeta brasileiro do século XX. Quando Getúlio Vargas assumiu uma cadeira na ABL, no Estado Novo (ditadura getulista), Drummond e o escritor Sérgio Buarque de Hollanda, pai do compositor Chico Buarque, se comprometeram a nunca ingressarem na casa.
Antonio Candido (1918-2017) – Escritor, sociólogo e crítico literário, autor de vasta obra adotada nas universidades. Defendia o direito para todos de acesso à literatura, considerando a leitura uma necessidade para a boa formação. Não quis se candidatar. Disse que não gostava de participar de grupos.
Em 2024, a atriz australiana Cate Blanchett, um dos maiores nomes do cinema, declarou que é fã de Clarice Lispector e que a leitura de seus livros exerce influência e inspiração sobre ela.
Lima Barreto (1881-1922) – Neto de uma escrava liberta, foi autor de romances, contos e crônicas memoráveis
A Academia Brasileira de Letras foi inspirada no modelo da Academia Francesa e fez a sessão inaugural em 20/07/1897. Ao longo do tempo, elegeu não apenas escritores, mas também pessoas que exercem outras atividades na cultura e na política.
A instituição funciona no palacete Petit Trianon, réplica da construção homônima em Versalhes. O imóvel foi doado pelo governo francês à ABL em 1923.
A ABL tem 40 membros efetivos e perpétuos. Quando um acadêmico morre, a cadeira é declarada vaga e quem quer concorrer à vaga tem dois meses para se candidatar.
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