‘Olá, macaca’: mulher é vítima de injúria racial ao receber e-mail de atualização de cadastro da loja Magazine Luiza


A empresa afirmou que está apurando a denúncia e que tomará medidas em relação a eventuais responsáveis. Mulher é vítima de injúria racial ao receber e-mail da Magazine Luiza
Reprodução
Uma cozinheira de 35 anos, moradora de São Paulo, foi vítima de injúria racial ao receber um e-mail de confirmação da atualização do cadastro na loja Magazine Luiza no último sábado (4). O texto começava com a saudação: “Olá, macaca”.
À TV Globo, a vítima contou que estava realizando a compra de uma máquina de lavar pelo aplicativo da loja quando descobriu que precisava atualizar alguns dados, incluindo o e-mail e a senha cadastrados.
“Então, fiz o procedimento das etapas do aplicativo para recuperar a conta. Logo, eles me pediram foto do documento, depois um reconhecimento facial. Fui recebendo os e-mails, mas não entrei porque sabia que era só confirmação. Finalizei minha compra, tive o prazo de entrega e fechei o app. Não olhei meus e-mails. No dia seguinte, fui olhar se tinha alguma mudança no status de entrega e olhei meus e-mails, e um me chamou atenção”, relatou a mulher.
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Todos os e-mails automáticos enviados pela Magazine Luiza à cliente utilizaram seu primeiro nome na saudação. Entretanto, o mesmo não aconteceu no e-mail de confirmação do cadastro.
A vítima levou um susto e percebeu que estava escrito “macaca”.
Segundo a cozinheira, uma funcionária do setor de diversidade e inclusão da empresa entrou em contato com ela para pedir desculpa. Também informou que seu cadastro era de 2011 e que alguém teria registrado o sobrenome dela como “macaca” no e-mail.
“Basicamente meu sobrenome na Magazine Luiza é macaca, porque alguém colocou e ninguém viu”, desabafou.
O caso foi registrado como injúria racial no 50° Distrito Policial do Itaim Paulista.
Procurada, a empresa disse que “lamenta profundamente os constrangimentos sofridos pela cliente e destaca que repudia e combate qualquer tipo de ato preconceituoso, seja ele contra raça, orientação sexual, gênero, religião ou deficiência. A empresa está apurando com rigor o caso relatado e tomará medidas em relação a eventuais responsáveis, de acordo com seu código de ética e conduta. A Magalu é referência em políticas de diversidade e inclusão e promove, de forma sistemática, ações de conscientização de seus funcionários a respeito desses temas. A empresa tem, atualmente, 46% de pessoas pretas ou pardas em seu quadro de colaboradores”.
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