Descubra como o Transtorno do Processamento Auditivo Central afeta a compreensão do som

Transtorno do Processamento Auditivo Central

Algumas pessoas ouvem os sons, mas têm dificuldade para entender falas em ambientes barulhentos – Foto: Divulgação

Você já teve a sensação de ouvir, mas não entender o que as pessoas estão dizendo, ou conhece alguém que passa por isso? Essa condição é mais comum do que parece.

Algumas pessoas conseguem ouvir os sons, mas têm dificuldade para compreender o que é falado, especialmente em ambientes barulhentos ou em situações mais desafiadoras.

Isso pode ser um sinal de Transtorno do Processamento Auditivo Central, também conhecido como TPAC, uma condição que compromete o percurso do som entre os ouvidos e o cérebro, dificultando a interpretação das informações auditivas.

O que é Transtorno do Processamento Auditivo Central?

Transtorno do Processamento Auditivo Central

O TPAC afeta a forma como o cérebro processa sons, criando obstáculos na compreensão auditiva – Foto: Divulgação

O Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC) é se trata da dificuldade que o indivíduo tem de decodificar o estímulo sonoro. Embora a audição em si seja normalmente preservada, pessoas com TPAC enfrentam dificuldades para entender, organizar e dar função para o que ouvem, especialmente em ambientes barulhentos ou com informações sonoras mais complexas.

O processamento do som ocorre desde a captação inicial do som nas orelhas, todo o percurso entre a orelha e o cérebro e no cérebro. Quando esse caminho é comprometido, seja por fatores genéticos, congênitos, ambientais ou traumáticos, surgem dificuldades que podem incluir frases como “eu ouço, mas não entendo”, trocas de sons semelhantes na fala ou escrita (como P/B, F/V, S/Z), desatenção auditiva e sensibilidade a ruídos altos ou locais movimentados.

Mesmo com a audição preservada, quem tem esse transtorno pode ser normal, mas amaneira como o cérebro interpreta os sons, não. Imagine uma estrada cheia de buracos: o som tenta passar, perde pedacinhos, sofre modificações, encontra obstáculos no caminho, logo, dificulta sua chegada ao destino, além de chegar totalmente deteriorado ou distorcido.

Essa condição pode ser causada por diversos fatores, como histórico de infecções no ouvido, infecções recorrentes de vias aéreas superiores (as famosas “ites” – rinites, sinusites), sequela de um período de obstrução causado por uma adenoide muito grande, predisposição genética, traumas, fatores ambientais, desenvolvimento, ou associados a outros transtornos como o TDAH.

TPAC: principais sinais e diagnóstico

Transtorno do Processamento Auditivo Central

Entre os desafios mais comuns está a memória auditiva: muitas pessoas com a condição têm dificuldade em reter informações transmitidas oralmente – Foto: Divulgação

Os sintomas do Transtorno do Processamento Auditivo Central podem variar, mas entre as principais queixas estão:

  • “Eu escuto, mas não entendo o que dizem.”
  • Dificuldade para compreender a fala em lugares barulhentos, como festas ou salas de aula.
  • Troca de sons ou palavras que soam semelhantes, como “pato” e “gato”.
  • Problemas de leitura, escrita ou aprendizado, especialmente em crianças.
  • Sensibilidade excessiva a sons altos ou ambientes muito ruidosos.
  • Dificuldade para manter a atenção em tarefas que exigem escuta prolongada.

Esses sinais muitas vezes aparecem acompanhados de desafios escolares ou até mesmo comportamentais, como dificuldade de lidar com mudanças de rotina, seguir instruções ou controle inibitório.

O Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC) pode impactar diferentes áreas do dia a dia, indo além da audição. Entre os desafios mais comuns está a memória auditiva: muitas pessoas com a condição têm dificuldade em reter informações transmitidas oralmente, como recados ou instruções, o que pode interferir na rotina e na convivência.

Além disso, compreender frases longas ou instruções complexas é um obstáculo. Sequências de informações costumam se tornar confusas, afetando o desempenho escolar, profissional e até mesmo interações sociais.

Outra dificuldade frequente é localizar de onde vêm os sons, o que pode gerar confusão em situações como atravessar ruas movimentadas ou se orientar em ambientes barulhentos.

Esses desafios podem trazer consequências emocionais. Não compreender o que está sendo dito pode causar frustração, levando à ansiedade social, isolamento ou até mesmo o indivíduo com TPAC evitar situações que exigem maior atenção auditiva, tendo assim prejuízo no seu desempenho social, que também pode lhe prejudicar em atividades escolares e de trabalho. Sim, o TPAC também pode acontecer em adultos e idosos.

Como é feito o diagnóstico?

O Transtorno do Processamento Auditivo Central é frequentemente diagnosticado na infância, mas pode permanecer desconhecido até a vida adulta, especialmente em casos mais sutis.

Fatores como histórico de infecções respiratórias ou episódios recorrentes de otite aumentam o risco de desenvolvimento. Além disso, ele pode estar associado a outros transtornos – como TDAH, dislexia ou transtorno do espectro autista, o que exige uma avaliação abrangente e cuidadosa.

Antes de confirmar o diagnóstico, é necessário descartar problemas auditivos periféricos, como infecções no ouvido ou alterações anatômicas tanto no ouvido como no nariz e na garganta.

Essa etapa inclui exames básicos, como audiometria e imitanciometria, que verificam se algo está interferindo na captação inicial do som e, consequentemente, no processamento central, e avaliação com médico otorrinolaringologista.

Caso nenhuma alteração seja detectada, o próximo passo é a aplicação de testes específicos para avaliar as habilidades do processamento auditivo central. Esses exames ajudam a identificar em qual etapa do “caminho do som” ocorre a dificuldade.

Os testes que avaliam o processamento auditivo central analisam a fisiologia e as funções do processamento auditivo central. Por meio dessa avaliação detalhada, o profissional consegue identificar o ponto exato de maior prejuízo no trajeto do som, ajudando a direcionar o tratamento de forma precisa e eficaz.

Como funciona o tratamento do TPAC?

O tratamento para o transtorno é individualizado, adaptado às necessidades identificadas durante as avaliações. Entre as principais estratégias está o treinamento auditivo personalizado, que busca fortalecer habilidades auditivas comprometidas por meio de atividades específicas.

Além disso, mudanças no ambiente, como a redução de ruídos em casa ou na escola, podem facilitar a compreensão sonora e minimizar o impacto do transtorno no cotidiano.

Outro ponto fundamental é o estímulo ao “caminho do som”, utilizando técnicas que incentivam o cérebro a se reorganizar e criar novas conexões neurais por meio da neuroplasticidade, que irá ajudar a melhorar a interpretação das informações auditivas, promovendo avanços significativos na qualidade de vida.

Contar com a orientação de um fonoaudiólogo especializado é essencial em todas as etapas, desde o diagnóstico até o acompanhamento. Com um plano de tratamento bem direcionado, é possível reduzir as dificuldades de processamento auditivo, tornando a comunicação mais clara e menos desgastante para o paciente.

Ignorar o TPAC pode trazer impactos significativos, afetando a comunicação, as relações sociais e até a autoestima. As dificuldades no aprendizado e nas interações do dia a dia podem se agravar sem o tratamento adequado. Com o acompanhamento certo, porém, é possível minimizar esses desafios, tornando a compreensão auditiva mais natural e fluida.

Com unidades em Chapecó e Pinhalzinho, a Clínica Auditiva oferece avaliação e tratamentos especializados para audição e comunicação - Foto: Divulgação/Clínica Auditiva

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Com unidades em Chapecó e Pinhalzinho, a Clínica Auditiva oferece avaliação e tratamentos especializados para audição e comunicação – Foto: Divulgação/Clínica Auditiva

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Com unidades em Chapecó e Pinhalzinho, a Clínica Auditiva oferece avaliação e tratamentos especializados para audição e comunicação – Divulgação/Clínica Auditiva

Se você ou alguém próximo apresenta os sinais do transtorno, é fundamental buscar orientação especializada. A Clínica Auditiva, que tem unidades em Chapecó e Pinhalzinho, conta com uma equipe capacitada para diagnosticar e tratar a condição, ajudando a melhorar a qualidade de vida do paciente.

Dar o primeiro passo para entender o problema é essencial para um caminho auditivo mais eficiente e claro. Para mais informações sobre serviços ou agendamentos, visite o perfil da clínica no Instagram: @auditivasc.

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