O ex-prefeito de Lages, Antônio Ceron, réu na Operação Mensageiro, foi condenado por corrupção nesta quinta-feira (27), em Florianópolis. Ceron foi sentenciado a pena de nove anos, oito meses e seis dias de prisão, além de pagar 36 dias de multa.
Ex-prefeito de Lages, Antônio Ceron foi condenado a nove anos de prisão na Operação Mensageiro – Foto: Reprodução/ND
Os ex-secretários Antonio Arruda e Eroni Delfes também foram sentenciados e receberam penas de 24 anos, um mês e dez dias de prisão cada, por corrupção passiva, ativa e organização criminosa. Eroni Delfes também foi condenado a ressarcir R$ 115 mil aos cofres públicos, enquanto Antonio Arruda deve devolver R$ 1,9 milhão.
Conforme o TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), a decisão foi unânime, com o voto da relatora, desembargadora Cinthia Bittencourt Schaeffer, sendo seguido pelos outros integrantes da 5ª Câmara. A sessão iniciou pela manhã, com a manifestação das defesas, e encerrou pela tarde, com a leitura da sentença.
Ex-prefeito de Lages, Antônio Ceron foi condenado a nove anos de prisão na Operação Mensageiro – Foto: Reprodução/ND
Ex-prefeito de Lages, preso na Operação Mensageiro, está inelegível
Além da prisão, Ceron perdeu os direitos políticos, ficando inelegível por oito anos, e teve o porte de arma revogado. Seis pessoas ligadas à empresa Serrana Engenharia também foram condenadas, com penas que variam de dez a 12 anos de prisão.
Todos os sentenciados na Operação Mensageiro podem recorrer em liberdade. Também foram condenados os proprietários da Serrana Engenharia:
- Odair José Mannrich (12 anos e 7 meses por corrupção ativa)
- Márcio Pires de Moares (11 anos)
- Jones Rodrigo Gauger (11 anos e seis meses)
- David do Prado (11 anos)
- Cristiane Ruon dos Santos (11 anos)
- Altevir Seidl (7 anos e 10 meses)
Todos os seis réus fizeram acordo de colaboração premiada. Dois réus, Fernando Schröeder dos Santos e Kelley Schulz dos Santos Back, foram absolvidos.
Decisão foi unânime, com voto da relatora sendo seguido pelos integrantes da 5ª Câmara; alvos na Operação Mensageiro podem recorrer em liberdade – Foto: Divulgação/TJSC
O que diz a defesa de Antônio Ceron
Em nota, a defesa de Ceron disse que “viu com surpresa a decisão, que considerou uma criminalização da política, sem evidências concretas e que foram ignoradas as declarações dos delatores e dos co-réus”.
A defesa do ex-prefeito de Lages disse que “agora, aguarda a publicação do acórdão para entrar com embargos de declaração e recorrer da decisão”.