Empresa VLI, responsável pela linha férrea, reforçou que a ponte ferroviária não deve ser usada por veículos ou pedestres. Causas do desabamento que deixou mortos são investigadas pela Polícia Federal. Ferrovia é paralela à ponte entre Tocantins com o Maranhão que desabou
Jornal Nacional/Reprodução
O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226 entre o Tocantins e o Maranhão, não afetou o trecho da ferrovia norte-sul que fica ao lado da estrutura. A informação foi confirmada pela empresa VLI, responsável pela linha férrea.
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O acidente aconteceu na tarde de domingo (22) e deixou pessoas mortas e desaparecidas. As causas do acidente são investigadas pela Polícia Federal.
Sobre a ponte ferroviária paralela à estrutura que desabou entre Aguiarnópolis e Estreito (MA), a VLI afirmou que realizou uma inspeção preventiva e que não constatou nenhum tipo de impacto na estrutura. Por isso está permitido a continuidade do tráfego.
A empresa ainda reforçou que mesmo sendo perto da ponte JK, a ferrovia não deve ser usada como alternativa para o trânsito de pessoas e veículos por representar risco de vida. A ponte ferroviária atende somente o trânsito de locomotivas e vagões de carga.
A empresa pública federal Infra S.A., vinculada ao Ministério dos Transportes, informou que a VLI disse ter feito uma inspeção na ponte ferroviária da região e indicou que a estrutura não foi comprometida e que a segurança está mantida. A empresa ainda solicitou uma outra análise mais aprofundada à VLI, que tem um prazo de 10 dias para entregar o documento oficial (veja íntegra da nota abaixo).
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Desabamento
Vereador mostrava situação da ponte e flagrou momento da queda
Vídeos flagraram o momento em que a estrutura cedeu enquanto vários veículos passavam. Outras imagens feitas com um drone e divulgadas nas redes sociais mostram o estrago causado. Muito material ficou boiando na água.
A Polícia Civil do TO diz que dez veículos caíram da ponte. Duas caminhonetes, um carro e três motocicletas, além de quatro caminhões, sendo que dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outro 22 mil litros de defensivos agrícolas.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que entre novembro de 2021 e novembro de 2023 manteve um contrato de manutenção das vigas, laje, passeios e pilares de estrutura no valor de R$ 3,5 milhões. Já outro contrato que tem vigência até julho de 2026 “prevê a execução de serviços para melhorar a trafegabilidade e dar mais segurança”.
O departamento disse que em maio de 2024 lançou um edital de quase R$ 13 milhões para contratação de empresa para obras de reabilitação da ponte, mas nenhuma empresa venceu o certame.
Na segunda-feira (23), o Ministro dos Transportes Renan Filho anunciou a reconstrução da ponte no prazo de um ano, com investimento entre R$ 100 a R$ 150 milhões. Também foi decretada situação de emergência para facilitar os trâmites burocráticos para a atuação das equipes, incluindo a demolição da estrutura existente.
Ponte entre Maranhão e Tocantins desaba sobre rio
Francisco Sirianno/Grupo Mirante
Carga perigosa
Entre os veículos que caíram com a estrutura da ponte estão quatro caminhões. Dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outro 22 mil litros de defensivos agrícolas.
Com orientação da Agência Nacional de Águas (ANA) o Governo do do Tocantins emitiu um alerta para os moradores de Aguiarnópolis que evitem contato com a água do Rio Tocantins, que fica sob as pontes e rodoviária e ferroviária.
A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado Do Tocantins (Semarh) também alerta sobre as contaminações da água para outros dez municípios do estado e oito do Maranhão.
Vítimas encontradas
O corpo de Anísio Padilha Soares, de 43 anos, foi encontrado dentro de um dos caminhões que caíram no rio durante o desabamento da ponte e foi retirado da água na tarde desta quarta-feira (25).
Equipes de mergulho encontraram o corpo de Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos também nesta quarta-feira (25).
Na terça-feira (24), o corpo de Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos foi encontrado no rio, segundo os bombeiros do Maranhão. Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, com origem em Dom Eliseu, Pará.
Também na terça-feira as equipes encontraram o corpo de Andreia Maria de Sousa de 45 anos, que dirigia um dos caminhões com ácido sulfúrico.
Por volta das 9h desta terça, o corpo Kecio Francisco Santos Lopes de 42 anos foi encontrado. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas.
No domingo (22), o corpo de Lorena Ribeiro Rodrigues de 25 anos foi localizado. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que ela é natural de Estreito (MA), mas mora em Aguiarnópolis (TO).
Um homem de 36 anos foi encontrado com vida por moradores e levado ao hospital de Estreito.
Corpos de quatro vítimas foram encontrados até esta quarta-feira (25)
Reprodução
Íntegra das notas da VLI e empresa Infra S.A.
Nota da VLI
A VLI, responsável pela linha férrea, lamenta o acontecimento e manifesta novamente sua solidariedade às famílias e amigos das vítimas.
Após o fato, a companhia realizou uma inspeção preventiva na ponte ferroviária localizada nas proximidades, não tendo sido constatado nenhum tipo de impacto na estrutura, o que permite a continuidade do tráfego de composições em segurança.
A VLI também alerta que, a despeito da proximidade, a ponte ferroviária não pode e não deve ser usada como alternativa para o trânsito de pessoas e veículos rodoviários de qualquer natureza, visto que sua estrutura e configuração não atendem a tal finalidade.
O uso da ponte ferroviária para finalidades outras que não o trânsito de locomotivas e vagões de carga representa risco de vida.
Nota da Infra S.A.
Diante do recente acontecimento da ponte rodoviária, no estado Tocantins, an Infra S.A. entrou em contato com a VLI, subconcessionária da ferrovia naquela região e responsável pela manutenção estrutural e conservação da ponte ferroviária. A empresa informou que uma inspeção foi feita após o ocorrido no domingo, indicando que a estrutura não foi comprometida e a segurança está mantida.
A Infra S.A. formalizou um pedido de análise mais aprofundada à subconcessionária que tem um prazo de dez dias para entregar o documento oficial.
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