O trabalho de resgate das vítimas do avião que caiu em Vinhedo, em São Paulo, aconteceu de forma muita intensa durante esse sábado (10). Ao todo, o acidente teve 62 vítimas, sendo 57 passageiros e quatro tripulantes.
Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, o capitão Michael Cristo, o avião caiu como se estivesse “chapado no chão” e isso tem ajudado no trabalho de resgate.
“Para quem viu imagens aéreas, a gente está com o desenho da aeronave no chão, então, a gente consegue ir identificando por fileiras. A gente está fazendo isso de propósito, indo da cabine para a cauda. Conforme localiza [os corpos] naquela fileira, os retira, identifica todos eles e parte para a próxima fileira”, explicou em conversa com a imprensa.
“Todos os corpos estão como se estivessem sentados nos seus respectivos assentos. Lógico, tem a dinâmica da queda, do movimento quando bate [o avião] no solo, mas as vítimas estão dentro desse perímetro da aeronave, não tem corpos ejetados”, completou.
Caixas-pretas do avião que caiu em Vinhedo são analisadas pelo Cenipa
As duas caixas-pretas do avião que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, na tarde da sexta-feira (9) e resultou na morte de 62 pessoas, foram encontradas e levadas ao Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), em Brasília, na manhã deste sábado (10).
As caixas-pretas, como são popularmente conhecidas, são dois gravadores de voo e capturam todos os registros de voz e dados existentes no avião.
Conforme informações da FAB (Força Aérea Brasileira), os trabalhos preliminares de preparação, extração e degravação de dados foram iniciados pelos investigadores e devem prosseguir, de maneira ininterrupta, pelas próximas horas.