Ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre e ex-deputado são alvos de operação contra compra de votos e fake news no Acre


Polícia Federal (PF-AC) cumpriu, nesta sexta-feira (29), dez mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Eleitoral do Acre em Rio Branco. Marcus Alexandre (de preto) e Neném Almeida (de branco) foram alvos de operação da PF
Arquivo pessoal
O ex-prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre e o ex-deputado estadual eleito vereador em 2024, Neném Almeida, ambos do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foram confirmados pela Rede Amazônica como alvos da 2ª fase da Operação Têmis nesta sexta-feira (29).
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Um terceiro candidato a vereador que não chegou a ser eleito também é investigado. Ele, entretanto, não teve o nome revelado.
O g1 entrou em contato com Almeida e aguarda resposta. Já a assessoria de Marcus Alexandre disse que em ‘breve ele vai se posicionar publicamente sobre o assunto’.
Em nota, a Executiva do MDB no Acre classificou a abordagem da Polícia Federal como “uma verdadeira zombaria e um desrespeito com as regras democráticas das eleições”. (Veja a nota completa ao final da reportagem)
A operação da PF investiga crimes de compra de votos e fake news no primeiro turno das Eleições municipais de 2024 na capital acreana. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal.
Marcus Alexandre e Neném Almeida tiveram que ir até a sede da Polícia Federal em Rio Branco para prestar depoimentos na manhã desta sexta. Eles estavam acompanhados de seus advogados.
Alexandre foi prefeito de Rio Branco entre 2012 e 2018, ele deixou o segundo mandato antes do final para se candidatar ao governo do Acre. Este ano, ele tentou eleger prefeito da capital novamente, mas acabou perdendo no 1º turno para Tião Bocalom (PL) que tentava a reeleição. A diferença foi de quase 40 mil votos entre eles.
Já Neném Almeida é ex-sindicalista, bancário e foi deputado estadual entre 2019 e 2023. Este ano, ele conseguiu uma vaga na Câmara de Vereadores de Rio Branco após obter 3.827 votos.
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Asscom/PFAC
De acordo com a PF, para aprofundar a investigação e identificar eventuais outros envolvidos nos crimes, coletando novas provas da captação ilícita de eleitores. Esta fase da operação apura crimes de compra de votos e disseminação de informações falsas, conhecidas como fake news, ocorridos durante o primeiro turno das eleições municipais em Rio Branco.
A primeira fase aconteceu no dia 19 de setembro, onde houve propagação de um vídeo em que uma suposta líder comunitária teria oferecido atendimento médico gratuito à população, vinculando a oferta a um candidato a prefeito de Rio Branco. Na ocasião, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão.
Após análise do material coletado na primeira etapa, foi possível, segundo a PF, identificar novos envolvidos no esquema.
Confira a íntegra da nota do MDB
A Executiva do MDB do Acre considera um achincalhe, uma verdadeira zombaria, a abordagem da Polícia Federal às residências de Marcus Alexandre, candidato do MDB à Prefeitura de Rio Branco, nas últimas eleições e do vereador eleito, Nene Almeida.
O povo de Rio Branco inteiro sabe quem patrocinou a maior compra de votos da história da política acreana, sob a complacência e conivência dos órgãos de controle e de repressão.
O Juízo Eleitoral determinou à Polícia Federal do Brasil em bater na porta errada. Inversões de valores desse naipe protegem e estimulam os verdadeiros criminosos.
Um desrespeito total para com as regras democráticas das eleições.
Vagner Sales
Presidente
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