De pai para filho: três gerações de goleiros compartilham o mesmo nome e paixão pelo futebol no interior de SP


Amor pelo esporte e pela posição de goleiro virou herança na família Gonçalves, que coleciona títulos e memórias afetivas nos campos de Marília (SP). Família Gonçalves fez história nos gramados do futebol amador em Marília (SP).
TV TEM/Reprodução
Por muitos anos, os domingos de manhã do João Victor Gonçalves, de 20 anos, eram sempre iguais, acordando bem cedinho para assistir o pai nos campos da várzea de Marília (SP). De partida em partida no estádio varzeano Pedro Sola, o caçula começou a crescer, e era claro que não haveria como fugir do destino: mais um João Gonçalves se preparava para defender muitas bolas no gol.
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O precursor dessa herança foi o bisavô, que também atuava na mesma posição e, por consequência, incentivou seu filho João Carlos Gonçalves a ser goleiro, ainda nas brincadeiras na fazenda da família.
No entanto, o talento foi tanto que ele começou a se destacar, sendo convidado para jogar profissionalmente em times da região, como Linense e o América. A história só mudou quando ele sofreu uma fratura no joelho, o impedindo de continuar no profissional mas o levando para o futebol de várzea.
Família de goleiros: avô, pai e filho partilham o mesmo nome e o mesmo amor pelo gol no futebol.
Arquivo pessoal
Foi aí que João Carlos fez história na década de 70: lembrado até os dias de hoje como um dos maiores goleiros que já passaram na região, o avô de João Victor foi campeão com várias camisas diferentes, somando troféus na história do Comasa, do Alpave, do Nikkey Clube e muitos outros times do futebol de várzea. Dos 64 anos de vida, 25 foram nos campos.
João José Gonçalves, filho de João Carlos e pai de João Victor, também seguiu na mesma receita, trilhando no futebol os mesmos passos no gol. Na beira do campo, os olhos sempre brilharam pela posição, e ‘Neto’, como ficou conhecido nos campos, chegou até a ir para a Itália, mas, assim como o pai, fez história na várzea.
Jogou na base de grandes times como Vasco, Guarani e Noroeste e passou do profissional para o futebol amador mariliense, ganhando títulos e defendendo muitas bolas no Vila Barros, Tocha e Salvador Salgueiro.
João Victor e seu irmão mais velho com o pai, João José, após campeonato em Marília (SP).
Arquivo pessoal
Para o jovem, não há como existir outro resultado se não a paixão pelo esporte com exemplos tão fortes na família.
“Você acaba vendo seu pai, acaba tendo esse contato e isso planta uma semente no seu coração pelo futebol.”
João Victor também brinca que não tinha muitas opções a não ser assumir a função goleiro, e desde os 12 anos já estava nos campos, seguindo o legado da família. Já jogou como goleiro de futsal, na base do MAC e no Grêmio Novorizontino, mas atua apenas o amador atualmente, iniciando também sua história no futebol da várzea.
Central da Várzea: conheça a história da família de goleiros de Marília
União pelo esporte
O mais novo na geração de goleiros, João Victor relembra os bons momentos em família no futebol amador anos atrás, mas revela que conseguiram reviver esses momentos agora nos tatames do jiu-jitsu.
Fica claro que o importante é estar em família, mas os Gonçalves também levam a luta a sério: depois de levantarem muitos troféus no futebol, eles passaram a colocar também muitas medalhas no pescoço em grandes campeonatos de jiu-jitsu, apreciando os momentos diários de treino na academia em que frequentam.
Para a família Gonçalves, de Marília (SP), o importante é estar em família, independente do esporte.
Arquivo pessoal
Atualmente, apesar de parte da família ter se mudado para Piracicaba (SP), as boas memórias continuam quando estão em família, independente do esporte que estão praticando. João Victor confessa que espera ganhar tantos títulos como seus antecessores e, quem sabe um dia ter um filho, de nome João, para seguir a tradição familiar.
*Sob supervisão de Mariana Bonora.
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