Saiba como vai funcionar Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento, no DF


Delegacia especial foi criada após explosões na Praça dos Três Poderes, quando uma pessoa morreu. Divisão terá dois delegados e 23 policiais. Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, e delegados da Polícia Civil do DF
TV Globo/Reprodução
Autoridades da segurança pública do Distrito Federal detalharam, na noite desta quarta-feira (27), a criação da Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV). A delegacia especial foi criada após um homem detonar explosivos e morrer em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (saiba mais abaixo).
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A Polícia Civil do DF terá ainda uma nova Seção de Inteligência de Atos Violentos, que vai atuar em conjunto com a DPCEV no combate ao extremismo violento.
🔎A estrutura vai contar com dois delegados e 23 policiais.
🔎O delegado Fabrício Paiva foi o escolhido como chefe da DPCEV. A nomeação foi publicada no Diário Oficial do DF desta quarta.
De acordo com o diretor-geral da Polícia Civil, José Werick de Carvalho, o DF é pioneiro em criar uma divisão especializada em combater e prevenir atos extremistas. Conforme o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, a divisão se adequa ao que há de mais moderno em termos de legislação (veja vídeo abaixo).
“É uma atribuição que temos que exercer e temos como parceiros no combate a atos terroristas que são atribuições do governo federal. É uma força a mais, uma força adequada, preparada, qualificada para poder combater esse tipo de ato”, diz Sandro Avelar.
O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol) disse, em nota, que a nova delegacia “é essencial para fortalecer o combate ao extremismo e garantir a proteção das instituições democráticas e das autoridades da capital do país”. No entanto, segundo o Sinpol, “é imprescindível que o reconhecimento ao trabalho da categoria vá além da criação de novas estruturas” (veja íntegra da nota mais abaixo).
Sandro Avelar fala sobre criação da Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento
O que diz o Sinpol-DF
“A criação da Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV) na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) é essencial para fortalecer o combate ao extremismo e garantir a proteção das instituições democráticas e das autoridades da capital do país. Trata-se de um reconhecimento da capacidade investigativa dos policiais civis do DF, que já demonstraram competência técnica e imparcialidade em casos relevantes, como na tentativa de atentado ao Aeroporto de Brasília.
A nova unidade reforça o trabalho de excelência que os policiais civis vêm realizando na defesa da democracia e na preservação da segurança pública, assegurando investigações minuciosas e resultados concretos. As recentes nomeações de agentes e escrivães de polícia contribuíram para viabilizar a criação da unidade, permitindo a realocação de investigadores com expertise no tema.
No entanto, é imprescindível que o reconhecimento ao trabalho da categoria vá além da criação de novas estruturas. Sem a valorização da carreira e a equiparação salarial dos policiais civis do DF com os federais, pleito histórico da categoria, há o risco de novos esvaziamentos nos quadros da PCDF, comprometendo o padrão de excelência que a corporação mantém há décadas.
O Sinpol-DF reforça a necessidade de zerar o cadastro reserva com as nomeações de todos os aprovados no próximo ano, e solicita agilidade no reajuste salarial. Valorizar esses profissionais é uma medida essencial para garantir que a PCDF continue sendo referência nacional no combate à criminalidade e na proteção da sociedade.
A defesa da democracia e da segurança pública é, acima de tudo, fruto do trabalho incansável e comprometido dos policiais civis do DF. A categoria merece o apoio e o respeito que sua atuação exemplar impõe.”
O atentado na Praça dos Três Poderes
Vídeo mostra ação de homem em frente ao STF
Na noite de 13 de novembro, Francisco Wanderley, de 59 anos, disparou uma série de artefatos na área em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele morreu no local, em seguida, após ser atingido por uma das explosões.
O homem, morador de Rio do Sul (SC) havia alugado a casa desde o ano passado, segundo a dona do imóvel. Conforme investigação da Polícia Federal e da Polícia Civil do DF, Francisco mantinha um grande número de explosivos no local.
Infográfico mostra como ocorreu atentado contra o STF e quem é o autor das explosões
Arte/g1
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