A Polícia Federal anunciou que a prisão de um dos seus agente, Wladimir Matos Soares, foi sob a acusação de se infiltrar na equipe de segurança do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva com o objetivo de repassar informações estratégicas a um grupo golpista.
A investigação foi desencadeada após a análise de materiais apreendidos com Sérgio Rocha Cordeiro, capitão da reserva do Exército e assessor especial do Gabinete Pessoal da Presidência da República.
De acordo com os investigadores, Wladimir compartilhou informações detalhadas sobre o esquema de segurança de Lula. Em um áudio enviado a Sérgio Cordeiro, o agente descreve movimentações específicas da equipe de segurança.
“Como rolou aquela situação no prédio da Polícia Federal, ontem, eles acionaram a equipe do COT. E uma equipe do COT, como o LULA estaria ali no prédio, né, do, do MELIÁ, é… uma equipe do COT ficou à disposição, próxima. Então, eles hospedaram essa equipe do COT aqui no WINDSOR (…)”.
Além das informações operacionais, o agente também manifestou, por meio de mensagens, sua intenção de participar de um Golpe de Estado. Em tom enfático, declarou que ele e a sua equipe estavam “com todo equipamento pronto para ajudar a defender o PALÁCIO e o PRESIDENTE. Basta a canetada sair!”.
A fala reflete seu alinhamento com as articulações golpistas que visavam impedir a posse do presidente eleito e manter Jair Bolsonaro no poder.
Segundo a investigação, as ações de Wladimir configuram não apenas uma grave violação de seus deveres como servidor público, mas também uma clara participação em atos que buscavam a ruptura da ordem democrática. O caso segue sob apuração, e novos desdobramentos podem surgir.