Canal do Aramanaí fica dentro de uma reserva do Urucurituba; local era principal a fonte de alimento para famílias dos pescadores. Imagens de peixes mortos no Canal do Aramanaí em Santarém
No período de 11 a 23 de novembro de 2024, a região do Urucurituba, localizada na Várzea do município de Santarém, no oeste do Pará, registrou mortandade de peixes sem precedentes. Milhares de peixes, de várias espécies, inclusive pirarucu, morreram, não havendo possibilidade de aproveitamento da carne para consumo humano.
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O fenômeno preocupa os moradores da comunidade Igarapé do Costa, onde fica localizado o Canal do Aramanaí, que faz parte de um reserva natural do Urucurituba. O lago é a principal fonte de alimentos das famílias de pescadores.
“Nossa preocupação é muito grande, porque no local de onde as famílias da comunidade retiravam o seu sustento aconteceu essa grande mortandade de peixes. Queremos o apoio dos órgãos, dos biólogos pra dizer o porquê dessa mortandade de peixes. Em 49 anos, é a primeira vez que isso acontece aqui na comunidade. Ainda restaram algumas tartarugas, tracajás e pirarucu. Nós paramos a nossa pescaria, porque não tem condições mais da gente tirar o nosso alimento daqui”, relatou o presidente do Conselho Regional de Pesca da região do Urucurituba, Ednei José da Gama, 49 anos.
Biólogos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) estiveram no local na semana passada para investigar as causas da mortandade de peixes. Preliminarmente, o órgão apontou, que fatores como o baixo volume de água dos rios devido à seca extrema, os níveis críticos de oxigênio e a elevação da temperatura da água, podem ter motivado a mortandade dos peixes. A região enfrenta a maior seca dos últimos 50 anos, com registros de lagos e igarapés transformados em córregos, alguns chegaram a secar completamente.
No caso do Canal do Aramanaí, além do baixo volume de água, a temperatura estava elevada. Há meses não chovia na região. O contato da água da chuva com a água do lago pode ter ocasionado um choque térmico que provocou a morte dos peixes aos milhares.
Amostras de peixes e também da água foram coletados pelos biólogos e engenheiro sanitarista da Semma para análise em laboratório. As equipes do órgão ambiental seguem monitorando as áreas onde houve registro de mortandade de peixes no município.
“Os pescadores estão abalados com o que aconteceu, porque esse canal era considerado uma espécie de reserva da região. Nos períodos de seca, os peixes buscavam refúgio nesse canal. Mas, o Canal do Aramanaí ficou muito baixo esse ano devido à seca, praticamente liquidando com todos os peixes que existiam na bacia daquela reserva. E agora a gente fica se perguntando aonde é que os pescadores daquela região vão exercer a sua pesca? É muito grande a nossa preocupação”, disse o diretor da Colônia de Pescadores Z-20, Manuel Pinheiro.
Ainda de acordo com o diretor, a Z-20 aguarda o resultado das análises dos biólogos da Semma sobre o que motivou a mortandade de peixes. Enquanto isso, a entidade busca ajuda para os pescadores das comunidades Campos do Urucurituba, Campos do Aramanaí e Igarapé do Costa, que vivem às margens do canal do Aramanaí e dependem da atividade pesqueira.
Na Ilha de São Miguel, no município de Santarém, para evitar que também ocorra mortandade de peixes devido à estiagem prolongada, pescadores estão retirando do lago os pirarucus da produção de manejo e levando os peixes para outro local onde há água em quantidade suficiente para que eles sobrevivam.
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No período de 11 a 23 de novembro de 2024, a região do Urucurituba, localizada na Várzea do município de Santarém, no oeste do Pará, registrou mortandade de peixes sem precedentes. Milhares de peixes, de várias espécies, inclusive pirarucu, morreram, não havendo possibilidade de aproveitamento da carne para consumo humano.
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“Nossa preocupação é muito grande, porque no local de onde as famílias da comunidade retiravam o seu sustento aconteceu essa grande mortandade de peixes. Queremos o apoio dos órgãos, dos biólogos pra dizer o porquê dessa mortandade de peixes. Em 49 anos, é a primeira vez que isso acontece aqui na comunidade. Ainda restaram algumas tartarugas, tracajás e pirarucu. Nós paramos a nossa pescaria, porque não tem condições mais da gente tirar o nosso alimento daqui”, relatou o presidente do Conselho Regional de Pesca da região do Urucurituba, Ednei José da Gama, 49 anos.
Biólogos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) estiveram no local na semana passada para investigar as causas da mortandade de peixes. Preliminarmente, o órgão apontou, que fatores como o baixo volume de água dos rios devido à seca extrema, os níveis críticos de oxigênio e a elevação da temperatura da água, podem ter motivado a mortandade dos peixes. A região enfrenta a maior seca dos últimos 50 anos, com registros de lagos e igarapés transformados em córregos, alguns chegaram a secar completamente.
No caso do Canal do Aramanaí, além do baixo volume de água, a temperatura estava elevada. Há meses não chovia na região. O contato da água da chuva com a água do lago pode ter ocasionado um choque térmico que provocou a morte dos peixes aos milhares.
Amostras de peixes e também da água foram coletados pelos biólogos e engenheiro sanitarista da Semma para análise em laboratório. As equipes do órgão ambiental seguem monitorando as áreas onde houve registro de mortandade de peixes no município.
“Os pescadores estão abalados com o que aconteceu, porque esse canal era considerado uma espécie de reserva da região. Nos períodos de seca, os peixes buscavam refúgio nesse canal. Mas, o Canal do Aramanaí ficou muito baixo esse ano devido à seca, praticamente liquidando com todos os peixes que existiam na bacia daquela reserva. E agora a gente fica se perguntando aonde é que os pescadores daquela região vão exercer a sua pesca? É muito grande a nossa preocupação”, disse o diretor da Colônia de Pescadores Z-20, Manuel Pinheiro.
Ainda de acordo com o diretor, a Z-20 aguarda o resultado das análises dos biólogos da Semma sobre o que motivou a mortandade de peixes. Enquanto isso, a entidade busca ajuda para os pescadores das comunidades Campos do Urucurituba, Campos do Aramanaí e Igarapé do Costa, que vivem às margens do canal do Aramanaí e dependem da atividade pesqueira.
Na Ilha de São Miguel, no município de Santarém, para evitar que também ocorra mortandade de peixes devido à estiagem prolongada, pescadores estão retirando do lago os pirarucus da produção de manejo e levando os peixes para outro local onde há água em quantidade suficiente para que eles sobrevivam.
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