Uma pesquisa realizada pelo Tinder Brasil descobriu uma nova tendência crescente entre os jovens que utilizam a plataforma para se relacionar: o “sober dating” (encontro sóbrio). Ou seja, os namoros da Geração Z estão evitando o uso de álcool.
Namoros da Geração Z estão evitando bebidas alcóolicas – Foto: Getty Images/ND
A pesquisa foi realizada pelo próprio aplicativo do Tinder, que enviou questionário para 400 pessoas, com idades entre 18 e 25. Os dados mostraram que 84% dos jovens adultos não bebem regularmente.
A Especialista de Amor e Relacionamentos do Tinder, Carol Tilkian, aponta que a mudança pode ser um reflexo de um novo tipo de comportamento entre os jovens.
“O álcool não é mais a principal forma de quebrar o gelo em encontros. Cada vez mais, a Geração Z está buscando relacionamentos mais profundos e saudáveis, focados na compatibilidade e em interesses compartilhados, em vez de beber”, destacou.
Jovens estão buscando relacionamentos mais profundos e saudáveis – Foto: Reprodução/ND
Namoros da Geração Z ‘0.0’
Uma parte do público que prefere conhecer uma nova pessoa sem a influência do álcool é mais radical ainda: 37% dos entrevistados gostariam de ter contato apenas com outras pessoas que evitam beber, principalmente por motivos de saúde ou pessoais.
Com esses resultados, o Tinder até criou uma ferramenta para quem quer “priorizar seus valores” e os deixar claro para outras pessoas antes mesmo do primeiro “oi”.
Sem álcool, os namoros da Geração Z buscam encontros diferentes – Foto: Reprodução/ND
“Ser saudável é o novo ‘cool”, apontou Tilkian.
Encontros mais profundos
Para a especialista em relacionamentos, uma forma de encarar o sober dating é que ele pode proporcionar encontros mais profundos e até incitar a criatividade ao escolher locais variados para o encontro.
“Em vez de encontros tradicionais em bares, vemos jovens optando por atividades mais envolventes, como caminhadas no parque, visitas a exposições ou a eventos esportivos. Essas atividades incentivam uma interação genuína e a formação de laços mais profundos, já que a neurociência mostra que experiências compartilhadas aumentam a probabilidade de conexões emocionais”, ressaltou Tilkian.