Ex-presidentes da Câmara de Muriaé, servidores públicos e empresários são alvos de operação que investiga associação criminosa


Ação, denominada ‘Mãos Invisíveis’, cumpriu 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Muriaé, Vieiras e Juiz de Fora. Grupo é suspeito de ter criado um ‘consórcio de empresas fraudulentas’ para praticar crimes contra a Administração Pública. Operação ‘Mãos Invisíveis’ foi realizada em Muriaé e região
MPMG/Divulgação
Uma associação criminosa composta por ex-presidentes da Câmara Municipal de Muriaé, um ex-diretor financeiro do órgão, funcionários públicos e empresários é alvo de uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) na manhã desta terça-feira (26).
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A ação, chamada ‘Mãos Invisíveis’, cumpriu 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Muriaé, Vieiras e Juiz de Fora.
Segundo as investigações, os empresários e agentes públicos, em conjunto com dois vereadores da cidade de Muriaé e um diretor financeiro da Câmara, constituíram um verdadeiro ‘consórcio de empresas fraudulentas’ para praticar crimes contra a Administração Pública, por meio de contratações com o poder público.
O MPMG não divulgou os nomes dos envolvidos, nem o que foi apreendido durante as diligências.
A operação é de responsabilidade do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata, da unidade de Visconde do Rio Branco, e da Promotoria do Patrimônio Público de Muriaé. As Polícias Civil e Militar deram apoio à ação.
O g1 entrou em contato com a Câmara de Muriaé e aguarda retorno.
Como o grupo agia?
De acordo com o MPMG, para as referidas contratações com o poder público, empresas do ramo da construção civil foram criadas em nome de ‘laranjas’, a fim de, por meio de mútua colaboração, fraudar a concorrência de vários procedimentos licitatórios nos municípios da microrregião de Muriaé.
Após as contratações, os valores obtidos eram movimentados em nomes de ‘laranjas’, caracterizando um esquema de lavagem de dinheiro.
A operação ‘Mãos Invisíveis’ é uma continuidade das operações ‘Catarse 1’ e ‘Metástase 2’, deflagradas pelo Gaeco entre 2021 e 2024, que demonstraram a existência de um complexo esquema de desvio de verbas públicas.
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