Jovem é atropelada, abusada e morta após festa em MG; o que se sabe sobre o caso

Sophia Louise Gonçalves Rodrigues Guerra foi encontrada morta no domingo (24)Reprodução/G1/Redes sociais

Uma adolescente de 15 anos foi abusada, atropelada e assassinada após ir a uma festa em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, no último domingo (24). Segundo o boletim da Polícia Militar, a vítima estava acompanhada por dois homens, que já foram detidos. As informações são do g1.

Veja, a seguir, o que se sabe e o que ainda falta esclarecer sobre o caso:

Quem era a vítima?

A vítima foi identificada como Sophia Louise Gonçalves Rodrigues Guerra. Ela desapareceu na noite de sábado (23), quando saiu de casa para ir a um evento.  Segundo o boletim de ocorrência, ela foi à festa sem o consentimento da mãe.

O que aconteceu?

A Polícia Militar encontrou o corpo da adolescente no domingo (24), em um lote, no bairro Jardim Arizona, em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais. Os agentes foram acionados por um homem que passeava com o cachorro e avistou o corpo.

De início, a perícia da Polícia Civil identificou que havia um corte profundo no pescoço e marcas de pneu pelo corpo da vítima. Dois pedaços de plástico na cor prata, aparentemente de um para-choque, foram recolhidos.

Mais tarde, o laudo da necrópsia confirmou que a jovem foi estuprada e atropelada.

Quem são os suspeitos?

Ao longo da investigação, os policiais militares descobriram que a jovem estava acompanhada de dois homens ao deixar a festa: Ulisses Roger Pereira Cruz e Gabriel Carvalho Medeiros. Os três saíram do local em um veículo Honda Civic prata. Ambos foram presos.

O que alegam os presos?

A PM foi até a casa de Ulisses Roger Pereira Cruz e encontrou o carro com o para-choque danificado. Inicialmente, o suspeito disse que bateu o veículo na noite anterior após um evento, mas não deu detalhes sobre a suposta colisão.

Ao ser perguntado sobre a jovem, ele ficou nervoso e afirmou que deixou a vítima em uma praça no centro da cidade após o evento e, em seguida, foi a um bar com Gabriel.

Entretanto, os policiais seguiram o interrogatório e o homem mudou a versão várias vezes. Em um momento, ele finalmente admitiu que ambos estupraram e mataram a jovem.

Em seu depoimento aos agentes, Gabriel Carvalho Medeiros afirmou que o amigo o deixou em casa e depois ficou sozinho no carro com a adolescente.

Depois, Ulisses mudou a versão dele novamente, dizendo à polícia que matou a jovem sozinho com um tipo de canivete, a atingindo no pescoço, mas que não a estuprou.

Ele afirmou que atropelou o corpo dela para simular um acidente e escreveu as iniciais CBC no chão, para relacionar a morte da vítima à facção Comando do Bairro do Carmo e encobrir o crime.

Os militares apreenderam um instrumento cortante que, segundo o suspeito, foi usado no homicídio. Os dois homens foram levados para a Delegacia de Plantão de Polícia Civil.

Câmeras de segurança

Câmeras de segurança da rua de Gabriel registraram últimos momentos de vida da adolescente.

No vídeo, é possível ver os suspeitos e a vítima no veículo prata e, em determinado momento, Gabriel saiu do carro e entrou na casa onde mora. Na sequência, Ulisses acelerou o veículo com a jovem no banco do carona.

O corpo dela foi encontrado poucas horas depois da gravação.

Quem investiga o caso?

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A delegada Fernanda Mara de Assis Costa informou, na manhã desta segunda-feira (25), que a provável causa da morte foi o corte no pescoço da vítima.

“Eu conversei muito com o auxiliar de necropsia, ainda está sendo feita a perícia no corpo. A adolescente parecia que estava com um corte muito grande no pescoço, então imaginamos que a causa da morte seja por conta desse corte”, disse a delegada.

O que dizem as defesas dos suspeitos?

A defesa de Ulisses Roger Pereira Cruz afirmou que “precisa tomar conhecimento do inquérito para se posicionar sobre o caso”.

Já Bruno Cavalcante, advogado de Gabriel Carvalho Medeiros, afirmou à TV Globo que os únicos indícios que apontaram a autoria do homicídio ao cliente dele foram as “alegações contraditórias do outro suspeitos”.

“A defesa já juntou provas no procedimento investigatório que comprovam o momento em que Gabriel é deixado em casa por Ulisses juntamente com a vítima, ainda com vida, dos quais comprovam que Gabriel nada tem a ver com o suposto crime de homicídio”, completou Cavalcante.

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