Plano, que busca ressignificar a relação da cidade com as águas, reduzindo o trânsito e a poluição, está na fase de audiências públicas. Ele prevê usar os 180 quilômetros de hidrovias da capital para transportar cargas e passageiros. Audiência pública vai discutir novo plano municipal hidroviário na capital paulista
TV Globo
Um novo plano municipal hidroviário apresentado pela Prefeitura de São Paulo será debatido nesta quarta-feira (27) durante uma audiência pública no Centro de Inovação Verde Bruno Covas, em Pinheiros, na Zona Oeste.
A prefeitura afirma que, durante a audiência, a população poderá entender e contribuir para o desenvolvimento do plano, que busca ressignificar a relação da cidade com as águas, reduzindo o trânsito e a poluição. Ele prevê usar os 180 quilômetros de hidrovias da capital.
O encontro ocorre às 19h com participação aberta ao público e sem necessidade de inscrição prévia. Quem não puder comparecer pode enviar comentários até 1º de dezembro pela plataforma Participe+.
Detalhes de novo plano hidroviário para a capital paulista
Reprodução
Os objetivos do plano são, segundo a prefeitura:
Orientar o desenvolvimento urbano sustentável a partir da integração da cidade e suas águas;
Conduzir a transformação das Orlas Fluviais pela Navegação Fluvial Urbana;
Integrar projetos setoriais a partir das águas para preparar a cidade para o contexto das mudanças climáticas;
Maximizar os benefícios sociais e econômicos das novas infraestruturas urbanas fluviais.
Ele foi elaborado em cooperação com 18 órgãos, de diversos setores e especialidades técnicas, através de um Grupo de Trabalho Intersecretarial e de Convênios de Cooperação Técnica e Científica, com o objetivo de integrar políticas públicas em curso, que têm influência sobre as águas, com o conhecimento acumulado sobre o Desenvolvimento Urbano Fluvial.
Além de todo o curso dos rios Pinheiros e Tietê, o projeto também conta com o transporte percorrendo pelas represas Billings, Guarapiranga, pelo rio Tamanduateí e por córregos, como Meninos e Couros.
Há no plano ecoportos, ecoparques, marinas, estaleiros, além de eclusas instaladas nas barragens para fazer essa passagem de um nível para o outro nos rios e nas represas.
Detalhes de novo plano hidroviário para a capital paulista
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Segundo Gustavo Veronesi, ambientalista do SOS Mata Atlântica, o projeto é uma boa iniciativa para trazer a população para perto dos rios, mas precisa de muito investimento e infraestrutura.
“Se a gente tiver transporte de pessoas, vai ter que ter toda a estrutura para determinar embarque, desembarque, as pessoas saírem com segurança, acessar as vias da cidade. É muita coisa que tem que fazer, um caminho muito longo, por isso precisa começar já se quiser, num futuro próximo, ter essa estrutura colocada em prática”, afirmou.
Ainda conforme a prefeitura, a ideia é que São Paulo tenha um meio de transporte similar ao Aquático SP, que atua na Zona Sul de São Paulo e transporta 1.300 pessoas por dia.
O engenheiro Frederico Bussinger trabalhou no projeto em 2008 e acredita que o transporte pelos rios da cidade pode ajudar a diminuir a poluição.
“Essa infraestrutura aquaviária desenvolvida do hidroanel tem um potencial muito grande. Às vezes a gente fala que o transporte de carga não beneficia o passageiro, mas beneficia porque, quando você diminui o tráfego rodoviário, de carros, de ônibus, de caminhões e transfere para o transporte hidroviário, também é beneficiado o transporte de passageiros com os benefícios adicionais ao meio ambiente, que consome menos energia”, observa.
A prefeitura diz que o início do projeto deverá acontecer primeiro nas represas para depois ir para o curso dos rios dentro da cidade.
Audiência pública vai discutir novo plano municipal hidroviário na capital paulista
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