Levantamento sobre saúde masculina feito pela prefeitura revelou, ainda, que tumores nos brônquios e pulmões matam cerca de 100 moradores por ano no município. Um boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Campinas (SP) nesta segunda-feira (25) revelou que, de cada 10 diagnósticos de câncer em homens que residem na metrópole, três são de próstata.
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Segundo a administração municipal, os principais tipos de câncer em homens no município são, respectivamente: próstata (30%); colorretal (13%); pulmões (7%); estômago (5%); cavidade bucal (5%); e bexiga (5%).
Entre 2010 e 2019, a cidade registrou cerca de 540 novos casos de câncer de próstata por ano. A maioria dos casos aconteceu em pacientes acima de 50 anos, com maior incidência na faixa etária de 70 a 79 anos.
“Quanto mais precoce é o diagnóstico, quanto é importante o homem procurar sempre o serviço de saúde. Informação e educação em saúde muda tudo, então a importância do homem saber das doenças que podem incidir e como ele pode prevenir. Com uma vida saudável, dieta saudável, e evitar vícios”, explica o médico André Pampanini Melo, do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa).
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Mortalidade
Em relação à mortalidade por câncer, os que mais matam são os tumores nos pulmões (13%); cólon/reto (11%); próstata (11%); estômago (8%); fígado (6%); e pâncreas (6%), revelou o levantamento.
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Em relação ao câncer de brônquios e pulmões, a cidade registrou cerca de 100 mortes de homens por ano entre 2012 e 2023. Já o câncer de próstata mata, em média, 81 moradores da metrópole por ano, e a faixa etária com maior risco de morrer é de 80 anos ou mais.
Conscientização
Aos 73 anos, Zanta Vettorato passou pela cirurgia de retirada da próstata. Apesar de fazer acompanhamento de saúde desde os 50 anos, o aposentado não escapou da doença. Foi o período sem realizar o exame de toque que levou à descoberta do tumor em estágio avançado.
“Nesses últimos 12 anos, com o mesmo médico, nunca fez o exame de toque. PSA [Antígeno Prostático Específico] subindo ano a ano, e eu sempre ouvi dizer, tenho amigos que passaram por isso também, o mandatório é o exame de toque”, conta.
Segundo o aposentado, a cirurgia correu bem, mas é necessário continuar o tratamento para que o câncer não retorne. “Fiz a radioterapia que fui obrigado a fazer também porque a doença já estava numa fase bem adiantada e ela foi agressiva. Ela escapou da próstata, foi para outros lugares, mas está controlada agora”.
“Eu aconselho a todo homem [que] não tenha vergonha, é o exame de toque que vale. Eu espero que as pessoas se conscientizem disso e façam o que tem que ser feito”, aconselha Vettorato.
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